Fepagro celebra 95 anos de pesquisa agropecuária

Para celebrar essa data, a Fepagro realiza uma solenidade de comemoração, na sexta-feira (30), a partir das 13h30, na Fepagro Serra, em Veranópolis ?EUR" onde toda a história da pesquisa agropecuária gaúcha começou.

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Maio é um mês especial para a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). Há exatos 95 anos, em 1919, era fundado seu mais antigo Centro de Pesquisa: a Estação de Seleção de Sementes de Alfredo Chaves, em Veranópolis (hoje, Fepagro Serra). Para celebrar essa data, a Fepagro realiza uma solenidade de comemoração, na sexta-feira (30), a partir das 13h30, na Fepagro Serra, em Veranópolis – onde toda a história da pesquisa agropecuária gaúcha começou.

A Estação de Alfredo Chaves foi fundada em 30 de maio de 1919, desenvolvendo um trabalho de seleção de populações locais de trigo. Foi o primeiro registro de pesquisa com este cereal no Brasil, dando origem às linhagens Alfredo Chaves , passo inicial para a realização dos primeiros cruzamentos de trigo efetuados no país.

Na década seguinte, outras unidades de pesquisa foram criadas no Rio Grande do Sul pelo Governo Federal, em áreas doadas pelo Estado. Em 1929, essas estações experimentais foram transferidas para o governo estadual e, a partir daí, novas unidades de pesquisa foram criadas, numa expansão que continuou até as décadas de 1960 e 1970. Durante esses anos, as estações experimentais ficaram sob a coordenação de quatro institutos de pesquisa vinculados ao Departamento de Pesquisa da Secretaria da Agricultura: Instituto de Pesquisas Agronômicas (Ipagro), Instituto de Pesquisas Zootécnicas (IPZ), Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) e Instituto de Pesquisas de Recursos Naturais Renováveis (IPRNR). A partir da fusão dos Departamentos de Pesquisa e de Pesca, em 1994, finalmente surge a Fepagro, unificando e potencializando a pesquisa agropecuária pública no Estado.

Ao longo dos anos, as pesquisas da Fepagro contribuíram de forma significativa para o crescimento econômico estadual, com a geração de tecnologias que promoveram grandes avanços no setor agropecuário. Desde a década de 1990 até hoje, a Fepagro já registrou 41 cultivares de azevém, cebola, citrange, feijão, tangerina, mandioca, milho, soja, sorgo e trigo.

Outra contribuição, em meados dos anos 1970, foi o estudo que avaliou o efeito de inoculação da soja com bactérias fixadoras do nitrogênio atmosférico, em comparação ao uso de adubos nitrogenados sintéticos. Devido a seu pioneirismo, o Laboratório de Microbiologia Agrícola da Fepagro é referência nacional na área de inoculantes, sendo o único laboratório no Brasil credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para realizar análises dos produtos biológicos de uso agronômico atualmente comercializados no país.

O IPVDF – Fepagro Saúde Animal trabalha com a pesquisa e o diagnóstico de diversos males que podem afetar as cadeias produtivas de carne do Rio Grande do Sul, atuando conjuntamente com os programas de sanidade animal conduzidos pela Secretaria de Agricultura. Atualmente, a Fepagro é responsável por 112 projetos de pesquisa e 50 experimentos a campo.

É essa longa história de contribuições para a agropecuária gaúcha que a festa de 95 anos da Fepagro se propõe a celebrar.

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