Depois de meses de espera, algumas entidades de assistência social de Passo Fundo já podem respirar aliviadas. O convênio com a Prefeitura, que deveria ter sido assinado ainda no início do ano está sendo ajustado. Segundo o secretário da SEMCAS (Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social), Saul Spinelli, o atraso se deu devido a burocracia e falta da documentação de algumas entidades. De acordo com Saul, uma das exigências mais importantes é a prestação de contas do ano anterior, que se for entregue com atraso, prejudica a entrega dos recursos.
Outro fator que contribuiu para a lentidão foi a transição do processo da prefeitura para a SEMCAS, ordem emitida pelo prefeito Luciano Azevedo no início deste ano. A partir disso, o encaminhamento e abertura de processos passou a ser feito diretamente na secretaria. “Essa ordem de serviço do prefeito fez com que a secretaria organizasse todo processo, fazendo uma prévia conferência dos documentos antes que sejam repassados a outros setores, o que desacelerou o andamento”, destacou Saul.
Segundo Adriano José da Silva, presidente da Leão XIII, o convênio foi assinado na última quinta-feira, 22 de maio. Ele afirma que os recursos ainda não foram disponibilizados, mas com a assinatura serão recebido em breve. Adriano também frisa que a entidade havia prestado contas do ano anterior ainda no mês de janeiro e que a informação passada para a entidade é de que o atraso se deu devido a burocracia do processo.
Na Fundação Beneficente Lucas Araújo, onde o convênio dá auxílio ao abrigo de idosos, o contrato já está pronto, porém ainda não foi assinado. Luiz Costella, diretor da entidade, explica que a Fundação está em negociação com a prefeitura para que o valor dos recursos seja aumentado. Segundo ele, hoje a Fundação precisa de R$1500,00 mensais para manter cada idoso e os recursos provenientes do município e da União são de apenas R$68,00 mensais para cada pessoa atendida. “Já poderíamos ter assinado o convênio, porém o valor é muito baixo e precisamos de um reajuste, o que já não acontece há pelo menos seis anos”. Costella acredita que a situação será regularizada nos próximos dias, dependendo da negociação. Em relação a isso, Saul afirma que o acordo já está na etapa final de acerto de valores, mas será reajustado diante da capacidade orçamentária do município.