Confirmados primeiros dois casos de óbitos por gripe A no Estado

Os dois óbitos ocorreram no último dia 28 de junho. Ambas não fizeram a vacina que protege contra a gripe

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A Secretaria Estadual da Saúde registrou em seu boletim semanal os primeiros dois casos de óbitos por gripe no ano. São duas mulheres, de Porto Alegre e Canoas, com 57 e 58 anos respectivamente e que precisaram ser hospitalizadas por agravamentos causados pelo vírus da Influenza A (H1N1). No ano, já foram confirmados 22 casos de gripe no Estado que precisaram de internação.

Os dois óbitos ocorreram no último dia 28 de junho. Ambas não receberam a vacina que protege contra a gripe, apesar de fazerem parte dos grupos elegíveis, já que tinham doenças crônicas para as quais se recomendava a imunização. Uma delas tinha doenças cardiovascular e neurológica crônicas e a outra apresentava diabetes melittus e obesidade (Índice de Massa Corporal igual a 42).

Em comparação com o ano passado, os números de 2014 são significativamente inferiores. Levando em conta a semana de início dos sintomas, neste mesmo período do ano passado já haviam sido registrados 42 óbitos, sendo 36 pelo tipo H1N1 e 6 pela cepa H3N2, que é uma outra forma de Influenza A. O número total de casos (somando Influenza A e B) também apresenta queda neste ano: 22 contra 349 ano passado.

Combate à gripe

O enfrentamento à gripe dá-se através do tripé formado pela vacinação, prevenção e tratamento. Na primeira dessas partes, mais de três milhões de gaúchos foram vacinados durante a campanha iniciada em abril. Foram priorizados os grupos de pessoas mais suscetíveis a apresentarem casos graves de gripe, como idosos, crianças e doentes crônicos (cardíacos, diabéticos, obesos, pessoas com problemas respiratórios ou outra doença crônica com risco de complicação por influenza).

Ao todo, a cobertura foi de aproximadamente 85% dos públicos-alvo. Ao término da campanha, a Secretaria Estadual da Saúde orientou os municípios que definissem novas estratégias para o aproveitamento das doses restantes.

Passada esta fase, o foco agora são as medidas de prevenção e o tratamento em tempo oportuno. É importante estar atento a essas recomendações, pois a transmissão do vírus pode começar antes mesmo do aparecimento dos sintomas e com duração de até sete dias em adultos e de até 14 dias em crianças ou pessoas com imunodepressão.

Enquanto a prevenção é essencial para diminuir a circulação do vírus, o tratamento é capaz de evitar o agravamento dos casos, quando feito no início dos sintomas. A recomendação é de que ao sinal de febre, dor de garganta e dor de cabeça, nas articulações, ou muscular, a pessoa procure atendimento médico.

O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, está disponível em todo o Estado, gratuitamente, e o seu uso no início dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para impedir o agravamento dos casos. Devido ao fato de que o tratamento possui sua maior eficácia se iniciado durante as primeiras 48 horas de sintomas, recomenda-se procurar atendimento o quanto antes. Aos médicos, na ausência de outro diagnóstico específico, a orientação é para que tenham total atenção aos sinais de febre e tosse ou dor de garganta acompanhados de, pelo menos, um dos seguintes sintomas: dores no corpo ou nas articulações ou de cabeça. Nesses casos, é recomendada a prescrição do antiviral. Em crianças menores de dois anos, o medicamento é indicado para casos de febre acompanhada de um sintoma respiratório.

Para a prevenção, o cuidado principal são com as mãos, um dos principais meio de transmissão. Ao ser expelido por uma pessoa doente, o vírus pode depositar-se em alguma superfície onde ainda sobrevive por um período de tempo. Caso uma pessoa venha a ter contato com essa área e depois toque olhos ou a boca pode vir a contaminar-se. Por isso, a recomendação é para que as pessoas procurem lavar as mãos várias vezes ao dia, com o álcool em gel ou sabão e, ao tocar superfícies de locais públicos, evitar passar as mãos nos olhos, boca e nariz.

Além do cuidado com as mãos, outros hábitos são fundamentais para diminuir a circulação do vírus da gripe:

- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

- Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

- Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;

- Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração;

- Evitar visitas a hospitais;

- Ventilar os ambientes.

 

 

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