Estudo mostra impacto positivo do PAC no RS

Um destaque presente na MIP-RS 2008 é o cálculo dos multiplicadores de impacto, que medem a resposta da produção do Estado quando há variação na demanda.

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O recém publicado estudo "Matriz Insumo-Produto do Rio Grande do Sul (MIP-RS 2008)", da Fundação de Economia e Estatística (FEE), permitiu estimar a importância do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) na economia gaúcha.
Embora a publicação analise os impactos econômicos e sociais de setores do mercado, o professor do curso de Economia da Ufrgs, Henrique Marroni, conseguiu dimensionar a contribuição do programa para o dinamismo da economia regional.

“As obras do PAC, em muitos casos, transformaram a economia. São obras de infraestrutura e de apoio aos investimentos que geraram resultados positivos”, explicou Morroni durante o ato de lançamento da Matriz Insumo-Produto do Rio Grande do Sul, na quinta-feira (27), em Porto Alegre.

Os contratos da administração pública feitos no âmbito do programa, por exmeplo, geraram 11 mil empregos nos canteiros de obras e outros 99 mil vinculados indiretamente a elas. Dentro da iniciativa privada, por sua vez, o PAC estimulou a criação de 121 mil novos postos de trabalho diretos e 178 mil indiretos.

A arrecadação também foi beneficiada pelos empreendimentos: foram recolhidos R$ 861 milhões em impostos diretos e mais de R$ 3,8 bilhões indiretamente, considerando apenas os recursos da administração pública. Já os investimentos privados vinculados ao programa, geraram R$ 7 bilhões em impostos de forma direta outros R$ 20 indiretamente. “A longo prazo esses dados podem ser ainda melhores”, observou Morroni.

Os dados da publicação
Um destaque presente na MIP-RS 2008 é o cálculo dos multiplicadores de impacto, que medem a resposta da produção do Estado quando há variação na demanda. O maior impacto sobre a produção recaiu, para o ano medido, sobre os setores da indústria de transformação cujo principal insumo são produtos da agropecuária gaúcha, em especial o fumo, alimentos e bebidas.

O aumento na demanda de R$ 1 milhão por produtos desses setores, resultado, por exemplo, de uma redução de impostos sobre o seu consumo, aumenta a produção total do Estado em aproximadamente R$ 2 milhões.

Também a atividade de alojamento e alimentação mostra influência positiva: o aumento de R$ 1 milhão na demanda por seus produtos aumenta a produção da economia do Estado em aproximadamente R$ 1,8 milhão.

Mapa do emprego
Outra possibilidade é calcular os setores que mais tem impacto sobre a geração de postos de trabalho. Nesse quesito destacam-se as atividades alojamento e alimentação, agricultura e silvicultura e pecuária e pesca.

Um aumento de R$ 1 milhão na demanda por alojamento e alimentação gera aproximadamente 49 postos de trabalho. Já o aumento de R$ 1 milhão na demanda por produtos da agricultura ou da pecuária gera 47 postos de trabalho.

A Matriz Insumo-Produto do Rio Grande do Sul mostrou que em 2008 a taxa de investimento gaúcha foi de 17,5%, enquanto no Brasil, no mesmo ano, foi de 20,7%. Além disso, o Estado apresentou um superávit equivalente a 4,2% do PIB nas suas relações comerciais com o resto do Brasil e do mundo.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado

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