Rio Grande do Sul lança novo Atlas Eólico

Panorama do potencial gaúcho foi lançado lançado na manhã desta terça-feira (16)

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Publicação que apresenta potencial gaúcho de produção de energia a partir de fonte eólica foi lançado nesta terça-feira no Palácio Piratini, com a presença do governador Tarso GenroPublicação que apresenta potencial gaúcho de produção de energia a partir de fonte eólica foi lançado nesta terça-feira no Palácio Piratini, com a presença do governador Tarso Genro
Publicação que apresenta potencial gaúcho de produção de energia a partir de fonte eólica foi lançado nesta terça-feira no Palácio Piratini, com a presença do governador Tarso Genro
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Um panorama atualizado do potencial gaúcho de produção de energia a partir de fonte eólica foi lançado na manhã desta terça-feira (16) no Palácio Piratini, com a presença do governador Tarso Genro. Medições realizadas em 70 torres evidenciaram que, com ventos maiores ou iguais a 7m/s, o potencial gaúcho é de 102,3 GW à altura de 100 metros e de 245,3 GW extrapolado para a altura de 150 metros. “Está consubstanciada uma política de extrema importância para o Rio Grande do Sul. Este trabalho mudou completamente a perspectiva econômica desenvolvimentista industrial do Estado”, disse o governador na solenidade.

O novo Atlas Eólico do Rio Grande do Sul é resultado de uma parceria entre a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e a Eletrosul. “O potencial identificado no primeiro atlas permitiu ao Estado formar um dos principais parques geradores do país e tornar-se referência no setor. A ampliação das oportunidades nos levará ainda mais longe”, afirmou o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.

As regiões mais promissoras são Sudoeste, com 43,20 GW, e Sudeste, com 37,99 GW. Sobressaem-se municípios como Santa Vitória do Palmar (9,99 GW), Uruguaiana (7,24) e Alegrete (7,05).

Nesta edição, também foram excluídas as áreas nas quais não é possível instalar parques eólicos, como reservas ambientais, por exemplo. Isso proporcionou um refinamento maior da informação. Outra novidade foi a inclusão de áreas offshore (sobre o mar), com dados da plataforma continental gaúcha. Além disso, foi realizado um mapeamento georreferenciado de linhas de transmissão e subestações, a partir de 69 kV.

Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 634 MW instalados em 23 parques eólicos. Em função dos leilões de energia já realizados, até 2018 o Estado terá potência instalada de 2.053,9 MW, em 91 parques – totalizando investimento de R$ 8,6 bilhões.

A publicação traz ainda outras informações do regime de ventos, como intensidade e direção, possibilitando identificar os potenciais de aproveitamento da energia eólica e elaborar estudos preliminares de viabilidade nos locais mais adequados. “Com esses dados, investidores em Energia Eólica, que é um dos 23 setores estratégicos da Política Industrial, poderão vislumbrar as áreas mais promissoras para seus empreendimentos, o que certamente irá facilitar e acelerar a tomada de decisão”, disse o presidente da AGDI, Ivan De Pellegrin.

Executado pela empresa Camargo Schubert, com larga experiência no setor, o Atlas Eólico representa um importante salto tecnológico em relação a outros estudos existentes. “A resolução final de mapeamento, de 200 metros x 200 metros, significa um nível de detalhamento 25 vezes superior ao apresentado na versão anterior e na brasileira”, explicou o coordenador de Energias e Comunicações da AGDI, Eberson Silveira.

Além dos dados da Eletrosul e do atlas de 2002, foram utilizados pela Camargo Schubert informações fornecidas por outras 21 empresas do setor – resultado de parcerias técnicas firmadas entre a AGDI e as companhias, por meio de termos de adesão.

Para o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul e coordenador das duas edições, Ronaldo dos Santos Custódio, a revisão era necessária, pois ao longo de 12 anos houve evoluções tecnológicas nos modelos meteorológicos que fazem as estimativas, além do conhecimento técnico adquirido nesse período, a partir das campanhas de medição de ventos e da operação efetiva de parques eólicos.

"Todo o banco de dados de medição da Eletrosul foi utilizado, o que já seria suficiente para elaborar o atlas. No entanto, o Governo do Estado conseguiu mobilizar todo o setor eólico do Rio Grande do Sul, que também forneceu suas informações, enriquecendo ainda mais esse trabalho”, afirmou Custódio.

O potencial gaúcho corresponde a produções energéticas anuais estimadas em 382 TWh, a 100 metros, e 911 TWh, a 150 metros. Como comparação, o parque gerador brasileiro, hoje com 133 GW, incluindo todas as fontes, gerou 570 TWh no ano de 2013. Além disso, esse potencial permite comparar ainda com outros Estados brasileiros nos quais também há medição a 100 metros de altura, como Bahia (70,1 GW), Minas Gerais (39 GW) e Rio Grande do Norte (27,1 GW).

Um dos diferenciais desse trabalho é a avaliação do potencial eólico por municípios, micro e mesorregiões com potencial maior que 30 MW, destacou o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto, na solenidade. “É uma satisfação produzir para o Rio Grande do Sul, para o seu futuro e sua história, algo tão importante”, afirmou.

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