Chuvas e temperaturas devem ficar dentro do padrão no próximo trimestre

Segundo o prognóstico apresentado, haverá chuvas dentro do padrão em todo o Rio Grande do Sul durante o trimestre, um pouco mais elevadas no norte e oeste do Estado durante dezembro e na região de fronteira com o Uruguai em fevereiro

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Os níveis de precipitação de chuva e as temperaturas mínimas e máximas devem ficar dentro do padrão nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. É o que diz o boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), divulgado nesta semana.

Segundo o prognóstico apresentado, haverá chuvas dentro do padrão em todo o Rio Grande do Sul durante o trimestre, um pouco mais elevadas no norte e oeste do Estado durante dezembro e na região de fronteira com o Uruguai em fevereiro. Para as temperaturas mínimas, o boletim indica que a tendência é predominar valores pouco acima do padrão na maior parte do Estado em todo o trimestre. Para as temperaturas máximas, as anomalias ao longo do trimestre são menores e com tendência de apresentar valores médios mensais próximos do padrão climatológico durante os três meses.

O documento, além de apresentar as previsões de precipitação e temperatura para os próximos três meses, também relaciona uma série de orientações para os agricultores de diversas culturas adotarem no período. Todas as indicações são baseadas nos dados obtidos pelas instituições relacionadas à agricultura e meteorologia no Estado.

Orientações específicas

Arroz

  • Dar preferência para cultivares de ciclo precoce;

  • Racionalizar o uso da água disponível através de técnicas de manejo adequadas, tais como movimentação mínima da água nos quadros e manutenção de baixas lâminas de água;

  • Utilizar adubação nitrogenada em cobertura de acordo com a expectativa de produtividade.

Feijão

  • Nas regiões em que a cultura está em desenvolvimento vegetativo, fazer adubação em cobertura quando o solo apresentar umidade adequada;

  • Irrigar, quando necessário, preferencialmente durante a floração e desenvolvimento de vagens;

  • Na safrinha, escalonar a época de semeadura e, se possível, utilizar mais de uma cultivar, respeitando o zoneamento agrícola.

Milho

  • Fazer adubação em cobertura quando o solo apresentar umidade adequada ou quando houver previsão de ocorrência de precipitação pluvial;

  • Irrigar, quando necessário, preferencialmente durante a floração e o enchimento de grãos.

Soja

  • Nas semeaduras em dezembro utilizar, preferencialmente, cultivares de ciclo tardio. Em terras baixas, utilizar cultivares de ciclo médio;

  • Utilizar tratamento de sementes;

  • Quando irrigar, fazê-lo preferencialmente durante a floração e o enchimento de grãos.

Forrageiras

  • Aumentar o estoque de forragens na propriedade seja no campo (redução da carga animal e diferimento de potreiros), seja através de forragens conservadas (feno ou silagem);

  • No manejo das forrageiras e pastagens, procurar manter a cobertura do solo através de resíduo relativamente alto;

  • Utilizar suplementações estratégicas para as categorias dos rebanhos mais necessitados em casos de estiagens;

  • Quando possível, indica-se a irrigação de pastagens cultivadas nos períodos de estiagem.

Fruticultura

  • Manter a cobertura morta durante todo o verão de forma que esta proteja o solo e retenha a água;

  • Em citros, usar o raleio de frutos como prática indispensável;

  • Em pomares jovens, suplementar com irrigações para favorecer o estabelecimento das plantas, associada a práticas de manejo na linha (aplicação de dessecantes e/ou roçadas);

  • Na possibilidade de irrigar, priorizar métodos de irrigação localizados (gotejamento ou microaspersão);

  • Tomar cuidados com a poda verde (desfolhas, despontes, raleio de ramos etc) para evitar “golpes de sol” nos frutos. Que se faça de maneira adequada e com critérios.

Hortaliças e flores

  • Em hortaliças para as quais é recomendado maior espaçamento entre linhas, fazer a subsolagem na linha de plantas e efetuar plantio direto com irrigação localizada;

  • Caso não haja irrigação, utilizar mudas com torrão (sem raiz nua). Evitar a produção de mudas em recipientes que acarretem redução do sistema radicular;

  • Usar cobertura morta ou mulching plástico e dar preferência à irrigação por gotejamento. Recomenda-se, no caso de uso da irrigação, consultar um agrônomo para dimensionar o sistema e seu correto manejo;

  • Aumentar a capacidade dos reservatórios de armazenamento de água;

  • Usar cobertura (tela de sombreamento e outras) para reduzir a radiação solar sobre as plantas.

Piscicultura

  • Proteger o açude com terraços em curva de nível para evitar a entrada de enxurrada;

  • Em períodos de estiagem, controlar os níveis de fertilização e de arraçoamento, evitando-se sobras, para que não haja o acúmulo de matéria orgânica;

  • Verificar a transparência da água, a qual deve estar entre 30 a 45 cm;

  • Em dias nublados e sem vento ou quando aparecer sinais de falta de oxigênio, utilizar aeradores durante os horários mais quentes do dia por no mínimo uma hora e durante a noite entre meia noite até o amanhecer;

  • Criar espécies de peixes adaptados às condições climáticas de sua região. Além disso, deve-se fazer a aclimatação dos peixes, no momento do povoamento, colocando-se os sacos plásticos na água do viveiro, por um período de 20 a 30 minutos antes da soltura, misturando-se gradativamente as duas águas;

  • Não alimentar os peixes se a temperatura da água estiver acima ou abaixo da temperatura indicada para as espécies criadas;

  • Passar a rede, tarrafear ou povoar açudes somente nos horários mais frescos do dia.

Governo do Estado do RS

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