O escritório regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen está implantando um sistema de gestão para projetar, monitorar e avaliar a produção de base familiar na região. O trabalho envolve de forma integrada e participativa a instituição, universidades, órgãos de pesquisa, cooperativas e famílias de agricultores.
“Buscamos inovar na atuação dos técnicos de extensão rural, aproximando os pesquisadores do processo produtivo e assim contribuir com a criação de políticas públicas para aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida e do trabalho das famílias rurais”, explica o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti.
O trabalho abrange os 42 municípios das regiões do Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea. Em cada município, pelo menos duas propriedades foram selecionadas, onde serão trabalhadas como unidades de referência. A experiência já vem sendo desenvolvida nos municípios da região administrativa do escritório regional de Frederico Westphalen.
No Médio Alto Uruguai, até o momento, 105 unidades de referência foram selecionadas, contemplando 22 atividades, como bovinocultura de leite, piscicultura, soja, milho, feijão, fumo, citricultura, uva, agroindústria, entre outras. A grande maioria das propriedades – cerca de 96% – possui área útil de até 30 hectares.
Entre as entidades parceiras do projeto estão as universidades Federal de Santa Maria (UFSM), Regional Integrada (URI) e a de Passo Fundo (UPF); a Embrapa Trigo e a Agência de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai (Admau) também participam.
Trabalho exige reuniões mensais com famílias
As unidades serão acompanhadas no âmbito social, ambiental, técnico e econômico. Através de um formulário e de uma planilha de controle, onde as informações serão reunidas.
Encontros de avaliação e planejamento serão realizados entre técnicos e pesquisadores, juntamente com as famílias. As visitas mensais servirão para os técnicos observarem e constatarem a realidade de cada unidade, a fim de gerar, em conjunto, alternativas e soluções visando à melhoria dos processos, que sejam coerentes com as condições socioprodutivas dos agroecossistemas.
A socialização dos resultados acontecerá em nível regional, entre as unidades de referências, e em cada município com os demais agricultores, através de reuniões técnicas e dias de campo.
Com informações do governo do Estado