Policiamento comunitário japonês é modelo para o Rio Grande do Sul

O evento faz parte de acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão, firmado em 2014

Por
· 1 min de leitura
Acordo de cooperação entre Brasil e Japão foi enfocado no Seminário de Polícia Comunitária, realizado na Capital - Foto: Divulgação/Brigada MilitarAcordo de cooperação entre Brasil e Japão foi enfocado no Seminário de Polícia Comunitária, realizado na Capital - Foto: Divulgação/Brigada Militar
Acordo de cooperação entre Brasil e Japão foi enfocado no Seminário de Polícia Comunitária, realizado na Capital - Foto: Divulgação/Brigada Militar
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O futuro da Brigada Militar (BM) do Rio Grande do Sul é o policiamento comunitário. A afirmação é do comandante-geral da corporação, coronel Alfeu de Freitas Moreira, feita durante a cerimônia de abertura do Seminário de Polícia Comunitária/ Sistema Koban, realizado nesta sexta-feira (13), na Academia de Polícia Militar, em Porto Alegre. O evento faz parte de acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão, firmado em 2014, com o objetivo de estabelecer um sistema contínuo e autossuficiente de multiplicação da Polícia Comunitária no Brasil.

O comandante da BM explicou que já está sendo criada uma assessoria de polícia comunitária junto ao seu gabinete. "Polícia comunitária é polícia ostensiva. Temos pontos em comum com o que é feito no Japão. Pretendemos uniformizar a atuação da corporação, obtendo maior unidade de procedimento. Tudo faremos para um melhor melhor desempenho da BM", afirmou.

O acordo prevê a capacitação de profissionais brasileiros nos estados modelos:    Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Serão realizadas duas edições anuais nos estados escolhidos, durante três anos. Também serão enviados profissionais de segurança pública para o Japão, em duas edições anuais, de modo que 67 brasileiros, das diversas unidades federativas, sejam capacitados até 2017. Em contrapartida, o governo japonês enviará ao Brasil policiais que atuarão como peritos, com o objetivo de colaborar para a melhoria do policiamento comunitário no país.

Os palestrantes japoneses Katsuya Endo e Akemi Shibuya explicaram o funcionamento da Polícia Comunitária unitária em seu país, chamada de Koban. Katsuya é inspetor da polícia da província de Kanagawa (equivalente a major da PM), com 30 anos de corporação. E Akemi é inspetora assistente da polícia da província de Saitama (correspondente a capitã da PM), com 23 anos de serviço. Segundo eles, a Koban é um modelo de posto policial japonês que remonta ao século 19. É a base física da estrutura de polícia comunitária do Japão, adotada por diversos países, entre eles Brasil, Estados Unidos, Taiwan e Coreia do Sul. 

Nos pequenos postos urbanos, trabalham entre três a quatro oficiais de polícia, que agem preventivamente, aconselhando as comunidades sobre criminalidade, visitando domicílios habitados por pessoas que carecem de atenção especial e estimulando reuniões com os mais velhos e as lideranças locais.

Integram a comitiva que visita o Estado, além dos peritos japoneses Katsuya Endo e Akemi Shibuya, o capitão Maurício Pavão Flores, da Coordenação Nacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a intérprete Ioshiko Oyama. O grupo já esteve em Brasília, na Bahia e em São Paulo.

Gostou? Compartilhe