Governador abre as contas públicas para a população

O decreto de 2 de janeiro projeta uma economia de R$ 600 milhões

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Um retrato das finanças públicas foi apresentado na manhã desta quinta-feira (19) pelo governador José Ivo Sartori e pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes, no Palácio Piratini.  O rombo nas contas para 2015 está projetado em R$ 5,4 bilhões – o equivalente a três folhas de pagamento mensais do Estado.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, neste ano, o Estado dispõe de R$ 25,5 bilhões e precisa desembolsar R$ 30,8 bilhões para cumprir todos os seus compromissos. Há ainda R$ 663 milhões de despesas realizadas e não pagas, as chamadas despesas de prateleira – só para os hospitais chegam a R$ 255,1 milhões. A dívida com a União é duas vezes o valor da receita do Estado, chegando a R$ 54,8 bilhões. A situação se agrava ainda mais porque as fontes para financiar esse déficit estão praticamente esgotadas: inflação, recursos do Caixa Único, dos depósitos judiciais e capacidade de contrair empréstimos.

“É um momento importante do governo para com a sociedade gaúcha. Não é missão para um homem só nem para um governo só. Nem é missão só do governo. O enfrentamento precisa ser compartilhado por todas as esferas federativas, por todos os poderes, por todos os partidos, por toda a sociedade”, disse o governador em seu pronunciamento.  “Mas tem uma mensagem que eu quero deixar muito clara aos gaúchos: o Rio Grande do Sul é grande demais para aceitarmos que essa situação nos derrube. Nós vamos plantar a semente dessas mudanças. Mas, para isso, preciso da ajuda de todas as gaúchas e de todos os gaúchos”, completou. 

De acordo com Sartori, desde o primeiro dia da atual gestão, o governo vem tomando medidas  para buscar o equilíbrio fiscal. O decreto de 2 de janeiro projeta uma economia de R$ 600 milhões. Nos dois primeiros meses de sua vigência, a redução chegou a R$ 85 milhões. O governador reafirmou que, apesar das dificuldades financeiras, o Estado vai trabalhar para que os serviços sejam eficientes e cheguem aos que mais precisam. “Vamos fazer todo o possível para preservar salários, dar suporte às ações de segurança, ao custeio das escolas e ao atendimento na área da saúde”, afirmou.

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