Os riscos à saúde pública causados pela proliferação de pombas urbanas são temas de análise de um Grupo de Trabalho criado no Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Conforme o biólogo André Witt, da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, em função da constante proliferação destas aves, é preciso discutir tecnicamente o problema e dar sugestões sobre seu manejo e controle.
"Este é um problema das grandes cidades em todo o mundo e, como agentes de saúde, devemos dar respostas", diz Witt, acrescentando que estas respostas devem ser dadas em todas as áreas de vigilância: sanitária, ambiental, epidemiológica e do trabalhador.
Segundo o biólogo, o Brasil ainda carece de legislação específica sobre o tema. “É difícil trabalhar a questão, pois a pomba é um animal carismático, o símbolo da paz e da fertilidade, mas que traz uma série de doenças”. Entre estas doenças estão encefalites, febre do Nilo, febre, gastroenterite, salmonelose, endocardite, histoplasmose, toxoplasmose, síndrome respiratória aguda associada ao coronavírus e influenza aviária.
A fêmea da pomba pode ter dois filhotes por ano, ou seja, está sempre se reproduzindo e é considerada uma espécie das cidades por utilizar seus abrigos e ter comida à disposição. Ocupam ambientes como praças, escolas, hospitais, igrejas e outros prédios de grande concentração e circulação de pessoas, causando prejuízos econômicos e à saúde pública.