Governo diz que atraiu R$ 9,5 bilhões em investimentos

Resultado dos cem dias de governo foi apresentado por Sartori durante Seminário realizado na sexta-feira

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Sartori destacou as medidas adotadas para o enfrentamento do rombo projetado em R$ 5,4 bilhões para este anoSartori destacou as medidas adotadas para o enfrentamento do rombo projetado em R$ 5,4 bilhões para este ano
Sartori destacou as medidas adotadas para o enfrentamento do rombo projetado em R$ 5,4 bilhões para este ano
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O governo do Estado já atraiu sete novos empreendimentos, com investimentos superiores a R$ 9,5 bilhões. São empresas que, apesar da grave crise econômica vivida pelo país neste ano, acreditam que o desenvolvimento pode ser alcançado a partir do Rio Grande do Sul. Entre os novos empreendimentos, o destaque é o Centro de Distribuição de Peças da Ford, em Gravataí. A unidade deve movimentar 7,5 mil peças/mês, com expectativa de faturamento de R$ 4 milhões/mês, atendendo aos três estados do Sul e países como Uruguai e Argentina. O exemplo foi citado pelo governador José Ivo Sartori, na manhã desta sexta-feira (10), no Centro de Treinamento da Procergs, na zona sul de Porto Alegre, durante seminário do governo do Estado. 

Contudo, o maior investimento será feito pela Transgas, que aplicará R$ 8 bilhões na instalação de uma fábrica de fertilizantes a partir da gaseificação do carvão mineral em Candiota. Serão gerados 5 mil empregos temporários nos 39 meses necessários às obras. Depois de pronta, a fábrica terá 300 postos fixos de trabalho. Fornecedores e parceiros da unidade criarão mais 300 empregos, e as áreas da infraestrutura e mineração, outros 600 postos. Já foram confirmados investimentos da Yara Fertilizantes, da Belluno, da Mor, da Omega Engenharia e do Frigorífico Labema. 

No encontro, o governador reiterou o compromisso com a retomada do crescimento do Estado e destacou que as secretarias e órgãos da administração estadual têm de trabalhar em equipe, de modo a qualificar os serviços. "O foco é a vida no Rio Grande", completou, assinalando que as ações devem ocorrer de forma integrada nas secretarias. De acordo com Sartori, a mudança não é mais uma opção, é uma exigência, porque as pessoas querem bons serviços, querem ver seus recursos bem aplicados e esperam retorno pelos impostos pagos. "A sociedade quer também a boa política. Não quer mais a demagogia, as promessas, quer soluções". Destacou ainda que o cenário exige transparência e austeridade, exigindo criatividade e articulação de parcerias para a execução das ações. 

Desde o primeiro dia de governo, foram adotadas medidas para o enfrentamento do rombo projetado em R$ 5,4 bilhões para este ano: redução de 35% nos CCs, corte de diárias, revisão dos valores destinados ao custeio, entre outras. Em outra frente, o governo trabalha na implementação de um modelo de gestão permanente, baseado em indicadores de eficiência e desempenho. Nas próximas semanas serão firmados contratos de gestão para que as secretarias estabeleçam objetivos e metas a serem cumpridos. 

Investimentos 
Somado a isso, o Executivo quer criar um ambiente favorável aos novos empreendimentos, além de estabelecer uma agenda política e de relacionamento com a União, com os demais poderes de Estado, com as instituições e com a sociedade. 
Conforme Sartori, o governo vem-se organizando para promover as mudanças que o Estado precisa. "Se não fizermos o dever de casa, vamos ficar para trás. E ficar para trás, nesse mundo acelerado, é perder empresas, empregos e qualidade de vida", completou. Ao citar que, em pouco mais de três meses, há ações nas diferentes áreas, Sartori disse que o rumo está muito claro. "No final desses quatro anos, com o apoio de todos, queremos um estado mais próximo da comunidade e com serviços de melhor qualidade". 

Ao final do encontro, o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, destacou que o governo vem-se organizando para enfrentar problemas estruturais do Estado e enumerou 89 ações já executadas pelas secretarias nos três primeiros meses da atual gestão. 
Biolchi reiterou que o governo vem agindo de forma transparente ao expor a dificuldade das finanças e o esforço contínuo para pagar os servidores em dia e preservar os serviços nas áreas da saúde, da segurança e da educação. 

Conforme o chefe da Civil, a austeridade serve para o governo tenha mais controle do serviço público e maior resolutividade. "Austeridade não se traduz em falta de serviços, impõe uma gestão mais eficiente". Citou ainda que a grave situação fiscal não se dá apenas no ambiente macroeconômico e é vivida também por outros estados. 

 

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