Quase 3,5 mil famílias indígenas receberam, desde o início do ano, suporte da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), por meio do Departamento de Desenvolvimento Agrário, para iniciar empreendimentos para geração de renda. As ações visam à segurança alimentar e à melhoria das condições de vida nas aldeias. Foram beneficiadas as etnias kaingang e guarani, distribuídas por 57 municípios gaúchos.
Um dos mecanismos de apoio da SDR é o Programa de Fomento à Inclusão Social e Produtiva, que já atendeu 2,7 mil famílias desde o começo do ano. Realizado em parceria com a Emater e com recursos do programa Brasil Sem Miséria, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), subsidia famílias indígenas em situação de vulnerabilidade social com o valor de R$ 2,4 mil.
“Nosso objetivo é ir além, buscando programas que possam trazer melhoria de vida por meio do aumento da renda”, afirma o diretor de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola e de Indígenas e Quilombolas da SDR, Ricardo Núncio. “Procuramos implantar projetos socioeconômicos, e não apenas doações.”
A seleção dos participantes do programa é realizada a partir de levantamento de inscritos no Bolsa Família no Estado, e o valor deve ser utilizado para o investimento em projetos, com supervisão da Emater. O cultivo de alimentos e a implantação de galinheiros estão entre as principais atividades desenvolvidas pelos índios.
Outra ação que beneficia os povos indígenas é o Programa de Etno-Desenvolvimento nas Comunidades Indígenas, que já beneficiou 785 famílias em 2015. Diferentemente do Programa de Inclusão, os 47 projetos executados desde o início do ano destinam recursos para aldeias executarem ações coletivos, visando à soberania alimentar.
Aquisição de sementes, mudas, animais, adubos, material para produção de artesanato e aquisição de alimentos, além de construção de moradias estão entre os principais investimentos.
