O Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul (CIT) da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) registrou no primeiro trimestre deste ano 7.325 casos de acidentes tóxicos. O dado aponta crescimento do número de casos intoxicação em relação ao ano passado, que somou no mesmo período 6.842 casos. A informação é proveniente do plantão de urgência 24 horas do CIT, através do número 0800.
Segundo a avaliação do diretor do CIT, Alberto Nicolella, os números significam um aumento, que em parte foi decorrência do acréscimo dos registros de intoxicação por animais peçonhentos. Do total, 44% das intoxicações atendidas pelo plantão permanente foram causadas por animais peçonhentos: serpentes, aranhas, escorpiões e lagarta taturana. No ano passado, foram 37%.
Os dados revelam que a população está mais exposta aos animais peçonhentos, mas também registra o crescimento das intoxicações por medicamentos. No trimestre, 22% dos atendimentos foram em decorrência da ingestão incorreta de medicamentos. Deste total, 70% refere-se a ingestão acidental. Nestes casos, na maioria crianças menores de seis anos de idade. Outros 15%, trata-se de autoagressão.
O CIT presta orientação frente a acidentes tóxicos, em caráter de emergência e em regime de plantão permanente (24 horas/dia) pelo 08007213000 em caso de ingestão de pesticidas agrícolas ou domésticos, saneantes, plantas tóxicas, animais peçonhentos, medicamentos de uso humano ou animal e drogas lícitas e ilícitas.
