Falta de demanda interna é o principal problema das indústrias no primeiro trimestre

FIERGS apresenta também as expectativas para próximos seis meses

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Com respostas de múltipla escolha, os principais problemas enfrentados pelo setor industrial gaúcho no primeiro trimestre de 2015 foram a demanda interna insuficiente (44,9% das respostas), elevada carga tributária (38,6%), taxa de câmbio (33,2%) e falta ou alto custo de energia (24,5%). O resultado da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) foi divulgado, nesta quarta-feira (29). “A economia brasileira parou no primeiro trimestre, a queda na demanda interna, juntamente com a elevação da carga tributária e dos custos, derrubou o volume de pedidos e a produção do setor”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller. 

A indústria no Estado apresentou forte deterioração em suas condições financeiras nos três primeiros meses do ano. A avaliação dos empresários nesse indicador foi de 40,4 pontos, inferior à marca dos 50, o que significa insatisfação. A margem de lucro somou 34,1 pontos. Desde o primeiro trimestre de 2009 o descontentamento não era tão disseminado. Nem mesmo na crise mundial financeira de 2008, o acesso ao crédito foi considerado tão difícil como agora (30,8 pontos). 

Quando apenas março é analisado, a queda no emprego (46,1 pontos) soma 11 meses seguidos. Já o volume de produção registrou um leve avanço (50,7) em relação a fevereiro, mas ficou abaixo do esperado pela diferença de dias úteis que caracteriza o período. Nessa base de comparação, a utilização da capacidade instalada efetiva-usual passou de 33,7 pontos para 38,5, permanecendo aquém do normal. 

Para os próximos seis meses, apenas a expectativa com as exportações é positiva (53,8 pontos). Todas as demais variáveis são vistas pelos empresários com pessimismo: demanda (47,6), número de empregados (42,6) e compras de matérias-primas (45,2). A intenção de investir (44,9) é menor da série iniciada em novembro de 2013. 

O levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Valores a partir de 50 pontos significam maior satisfação e abaixo, insatisfação. Apenas as variáveis de estoques em comparação ao planejado e de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) acima do usual são avaliadas como negativas depois dos 50 pontos. No caso da intenção de investir, quanto menor o número, menor a propensão dos empresários a investir. 

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