Começou na sexta feira (1º) a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. A Secretaria da Agricultura e Pecuária vai conseguir manter em 100% o valor destinado à aquisição de vacinas para doação aos pecuaristas - chegando a R$ 8 milhões. Serão distribuídas gratuitamente doses para produtores com até 30 animais, que estejam enquadrados no Pronaf e no PecFam – o que representa 78% dos pecuaristas.
O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a febre aftosa. A campanha de imunização vai até o dia 31. "Com o cumprimento dos recursos orçamentários, sem cortes, vamos atender à ampla maioria dos proprietários de bovinos do RS", afirma Ernani Polo.
O secretário salienta que a imunização é uma importante ferramenta contra a aftosa. "O produtor precisa estar atento às medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços e avançar em nosso status sanitário", alerta Polo.
Atualmente o RS é considerado zona livre com vacinação e quer buscar o status sanitário de zona livre sem vacinação. A mudança no status representa a abertura de novos mercados para carne bovina gaúcha, como o da Rússia, além de ter reflexos em outras cadeias, como as de aves, suínos e do setor leiteiro, que deixam de exportar para mercados importantes - como o Japão -, devido à necessidade de imunizar o rebanho.
O presidente do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa), Rogério Kerber, reforça que a conscientização dos produtores é o melhor caminho para o avanço do status sanitário do Estado. "Tivemos muitos progressos com a informatização e modernização das Inspetorias de Defesa Agropecuária, a reestruturação dos Postos Fixos de Divisa e a realização de concurso público para o ingresso de novos fiscais. Precisamos garantir também o total comprometimento dos produtores para alavancar a economia do RS”, completa.