Dia do Trabalho é marcado por manifestações

Em Porto Alegre, milhares de trabalhadores se reuniram na Usina do Gasômetro para lutar por seus direitos

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Atos por todo o Brasil marcaram o feriado de Dia do TrabalhadorAtos por todo o Brasil marcaram o feriado de Dia do Trabalhador
Atos por todo o Brasil marcaram o feriado de Dia do Trabalhador
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O feriado de 1º de maio foi uma oportunidade para milhares de trabalhadores saírem às ruas para celebrar o Dia do Trabalhador e lutar por seus direitos. Em Porto Alegre, o local escolhido foi a Usina do Gasômetro, que reuniu representantes de movimentos sociais na defesa de pautas relacionadas aos jovens, negros, mulheres, estudantes, LGBT, direito humanos, reforma urbana para garantir direito à moradia digna a todos, reforma agrária, reforma política com o fim do financiamento empresarial para campanhas eleitorais. Além disso, os manifestantes se mostraram contrários ao avanço das pautas conservadoras no Congresso Nacional. A redução da maioridade penal e o massacre aos professores do Paraná foram lembrados e repudiados com veemência em diversos momentos. Representantes do Sindicato dos Bancários e do Sindicato dos Metalúrgicos e Comerciários de Passo Fundo também estiveram presentes.

No ato, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, agradeceu a mobilização dos sindicados filiados à entidade e salientou que a mobilização contra o PL 4330/04, que regulamenta a terceirização em qualquer atividade da empresa, deve se intensificar ainda mais. “Também temos que ficar atentos ao ajuste fiscal do governo. Se querem equilibrar as contas que façam taxando as grandes fortunas e não retirando direito dos trabalhadores”, disse Nespolo. O dirigente também chamou atenção para a precarização do serviço público no RS. “Nós vamos defender os servidores públicos contra qualquer desmonte do Estado que parta do executivo”, destacou. O presidente ainda divulgou que o próximo Dia Nacional de Paralisação será no dia 29 de maio, em defesa dos direitos e rumo à Greve Geral.

Assim como em 1º de maio, o dia 29 também será de mobilização em todo o país contra PL 4330, pela retirada das MPs 664 e 665, pelo fim do Fator Previdenciário, que constituem a pauta imediata de defesa dos direitos da classe trabalhadora. “A democracia só será completa quando todos tiverem seus trabalhados protegidos. Por isso, só com uma ampla e unitária mobilização vamos avançar na construção de uma democracia sólida”, encerrou.

Atos como o de Porto Alegre também aconteceram em outras cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte

Dilma faz pronunciamento em redes sociais

Ao contrário de outros anos, neste 1º de maio, a presidenta Dilma Rousseff usou as redes sociais para seu fazer seu pronunciamento. Em três vídeos divulgados nas redes oficiais do Governo, Dilma destacou os ganhos do trabalhador com a valorização do salário mínimo e disse que é uma das maiores conquistas dos últimos 13 anos. A presidenta lembrou que, em março, enviou ao Congresso Nacional uma medida provisória que garante a política de valorização do salário mínimo até 2019. De acordo com a presidenta, dessa forma o poder de compra do trabalhador está sendo assegurado por lei. Dilma ressaltou que em 2011 já havia adotado medida semelhante. Já tínhamos aprovado em 2011 uma lei semelhante a essa. Por isso o salário mínimo cresceu 14,8% acima da inflação em meu primeiro mandato. Mais de 45 milhões de trabalhadores e aposentados são beneficiados por essa política do meu governo”, disse.

Em sua segunda mensagem, a presidenta destacou que o Projeto de Lei (PL) 4330, em tramitação no Congresso Nacional, ajudará a proteger o emprego de 12,7 milhões de trabalhadores terceirizados que, segundo a presidenta, terão assegurados a “proteção no emprego, os direitos trabalhistas e previdenciários e garantia de um salário digno”. Dilma disse ainda que a medida significa maior segurança para o empregador.

Por fim, Dilma anunciou a criação de um fórum para debater políticas de emprego e renda. A presidenta disse também que é preciso reconhecer como legítimas as reivindicações de todos os segmentos sociais e ressaltou que é preciso “nos acostumar às vozes das ruas” e defendeu o diálogo “franco e transparente” entre o governo e a sociedade como instrumento para a busca de consenso entre os diferentes setores da sociedade. De acordo com ela, o fórum criado para debater políticas de emprego, trabalho, renda e previdência social reunirá as centrais sindicais, representantes dos aposentados e pensionistas, dos empresários e o governo. A pauta será a discussão da sustentabilidade do sistema previdenciário, abordando temas como regras de acesso, idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário. Dilma também propôs debater medidas de redução da rotatividade, formalização e aumento da produtividade do trabalho. “Caberá a nós todos encontrarmos a melhor estratégia e definir os mais eficientes instrumentos para que possamos atingir os nossos objetivos de fazer o Brasil crescer, aumentando emprego e renda de todos os trabalhadores”, disse.

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