A luta pelos direitos “delas” ganhou o reforço de 40 mulheres - parte delas do interior do Estado - que tomaram posse no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher para a gestão 2014-2016. Integrantes de órgãos governamentais, entidades sindicais, partidos políticos e ONGs, elas deverão mapear necessidades e ajudar na busca de soluções, “mas sempre partindo da realidade, que ainda é de desigualdade”, mencionou o secretário estadual da Justiça e Direitos Humanos, Cesar Faccioli. Para ele, aumentar a rede de proteção às mulheres contra a violência é importante, mas é preciso dar a elas também autonomia financeira. No Rio Grande do Sul a população feminina representa 51,6% do total, enquanto a de homens, 48,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Embora elas sejam maioria, a inclusão ainda está bastante distante. “Questões de cotas, por exemplo, terão que ser tratadas”, disse o secretário, que defendeu medidas de compensação como forma de enfrentar as distorções.
Já o governador José Ivo Sartori ressaltou a importância do trabalho de entidades filantrópicas nessa transformação: “Não é o poder público que vai resolver sozinho.” E citou que várias cidades gaúchas integram o Conselho. Há entidades de Rio Pardo, Tramandaí, Palmeiras das Missões, Panambi, Três de Maio, Uruguaiana, Alegrete, Pelotas e Pinhal, além de Porto Alegre.