A Sondagem Industrial do RS de abril mostra que a indústria continua em queda, produzindo menos, fechando postos de trabalho e com excesso de estoques. Esse quadro mantém a tendência negativa para o setor nos próximos meses. “O primeiro semestre será perdido para a indústria e ainda não há sinais claros de reversão dessa tendência. Os sucessivos resultados negativos dos últimos meses contaminaram as expectativas dos empresários, que deixaram de acreditar numa retomada ainda neste ano”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.
Conforme o levantamento da entidade, a produção industrial gaúcha registrou uma forte redução em abril, em relação a março. O indicador caiu 10,4 pontos e somou 40,3, o menor nível para o mês dos últimos cinco anos. O emprego (44,4 pontos) completou um ano de queda e a Utilização da Capacidade Instalada (68%) é a menor já apurada para o mês desde 2010. O excesso de estoques de produtos finais (55,1 pontos) refletiu a demanda efetiva inferior à esperada pelas empresas.
As expectativas dos industriais para os próximos seis meses também desaceleraram. Os indicadores que recuaram na passagem de abril para maio foram: número de empregados (42,8 pontos), compras de matérias-primas (44,4), demanda (45,9) e quantidade exportada (49,6). Apenas a intenção de investir ficou estável (45,4), mas ainda muito baixa.
Desenvolvida mensalmente pela FIERGS, a Sondagem Industrial RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos. No caso da intenção de investir, quanto maior o índice, maior a propensão da indústria.
Produção e emprego industrial no Estado continuam em queda
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