O Ministério da Educação (MEC) reuniu as entidades representativas do setor para informar as novas regras para o Financiamento Estudantil (FIES) no próximo semestre. Entre as principais mudanças está a priorização das regiões Norte e Nordeste e um novo corte no número de vagas: somente 80 mil para todo o país. Isto representa uma redução de quase 70% com relação ao primeiro semestre, quando o governo ofertou 252 mil vagas e já ficaram de fora 250 mil estudantes. A previsão é de que cerca de 170 mil alunos ficarão sem financiamento. A informação foi recebida pelo presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS, Bruno Eizerik, em reunião da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), na tarde de quarta-feira (24/06), em Brasília.
Para Eizerik, a tendência é que o Rio Grande do Sul não tenha novas vagas para o segundo semestre. “Vamos ter uma repetição do caos que foi o FIES no primeiro semestre. Mais uma vez, os alunos terão de adiar o seu sonho de ingressar no ensino superior. A proposta do governo federal não atende a demanda e exclui o Rio Grande do Sul. Gostaríamos de saber do MEC porque esta discriminação com o nosso Estado!”
Além dessas mudanças, os juros para a contratação do financiamento aumentarão quase 100% - de 3,5% passarão para 6,5%. Também serão priorizados os cursos de engenharias, da área da saúde e formação de professores. Além disso, serão atendidos os pedidos para cursos que tenham nota 5, depois 4 e por fim 3. Em princípio, o MEC desistiu da nota de corte de 450 pontos no Enem para que o aluno possa se candidatar ao FIES.
As entidades representativas do setor se mostraram contrárias à nova proposta, mas mesmo assim o MEC deve adotá-las, mais uma vez, por meio de portaria ministerial. O SINEPE/RS questionou na justiça as mudanças realizadas no FIES, em dezembro de 2014 e, até o momento, a liminar não foi julgada.
Fonte: SINEPE/RS
