O magistério gaúcho está em estado de greve e prepara um calendário de mobilizações, inclusive com outras categorias de servidores no Estado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada ontem (26) à tarde no Gigantinho e que levou caravanas do interior a Porto Alegre. O objetivo é pressionar o governo José Ivo Sartori (PMDB) a retirar do Legislativo projetos, como a da Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal e o que transforma a licença-prêmio em licença-capacitação. Com essa decisão, a categoria poderá deflagrar a paralisação a qualquer momento, sem a necessidade de chamar os professores novamente para consulta. Contudo, uma nova assembleia foi aprovada para o mês de agosto.
Segundo a presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer, em torno de 3 mil professores participaram do encontro. Treze ações foram definidas com a intenção de expandir o movimento que poderão culminar em uma possível greve. Entre as ações que o Cpers realizará estão as caravanas ao interior. Houve oito delas até agora em diferentes regiões do Estado, e mais uma série de encontros estão programados.
Durante a assembleia a presidente voltou a defender que ao invés da greve imediata é preciso construir o movimento e fortalecê-lo. Outras propostas aprovadas são paralisações e reduções de períodos, vigílias durante votações de projetos do governo do Estado na Assembleia Legislativa que alterem direitos ou congelem salários, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a ser apreciada na próxima semana na Comissão de Finanças da Casa.
Debates nas escolas serão promovidos nos dias 20 a 23 de julho e ainda professores utilização as redes sociais para pressionar deputados de suas regiões exigindo que votem contra esses projetos do governo.
Os professores querem o pagamento de 13,01% de reajuste do piso nacional do magistério e mais os 34,67% que ficaram do governo anterior, além de plano de carreira, IPE, nomeações de concursados, realização de nova seleção, entre outras propostas. A pauta já foi apresentada oficialmente ao governo, em maio, mas não houve nenhum novo encontro posterior.
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– Estado de greve
– Utilização das redes sociais para pressionar os deputados estaduais a votar contra os projetos do governo José Ivo Sartori que prejudicariam os educadores
-Paralisações e reduções de períodos como forma de preparação da categoria para greve e vigília nos dias de votações decisivas na Assembleia
– Instituição de um calendário permanente do estado de greve com a realização de atos e atividades, além da manutenção das caravanas pelo Interior