Após o longo período de chuvas, desde a última sexta-feira (9), o monitoramento do nível do Lago Guaíba é feito a cada 15 minutos por uma equipe técnica da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), através da régua localizada no Cais Mauá, em Porto Alegre. A régua, que desde 1941 monitora o nível das águas do Guaíba, tendo como objetivo principal a segurança da navegação, tem o aval da Marinha do Brasil.
Em ação conjunta com o governo do Estado e a prefeitura de Porto Alegre, a SPH disponibilizou embarcações à Defesa Civil do Munícipio para ajudar no deslocamento dos moradores das margens do Lago Guaíba, que sofrem com as enchentes. No domingo (11), a SPH acompanhou o fechamento de 13 das 14 comportas, realizado pelo órgão responsável, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP). As comportas fazem parte do sistema de proteção de cheias do muro da Avenida Mauá, construído na década de 1970 pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), como prevenção após a enchente de 1941, para que a água não invada o centro da cidade.
Nessa segunda-feira (12), as operações no porto da Capital foram interrompidas e só serão retomadas após a normalização do nível do Guaíba. Também foi suspensa a navegação nos canais pela Marinha do Brasil, por questão de segurança. As atividades só serão reiniciadas quando o nível do lago baixar e as boias de sinalização forem reposicionadas pela SPH.
Durante a tarde de segunda-feira, o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, reuniu-se com a Diretoria Executiva da SPH para discutir medidas emergenciais e analisar de perto a situação no Cais Mauá. Em marca histórica nesta segunda-feira, quando a 14ª comporta foi fechada por precaução, o nível do Guaíba marcou 2,94 m - o normal é abaixo de 1,20 m.
Todas as ações preventivas contra a enchente do Guaíba foram realizadas pelas equipes do Porto de Porto Alegre e Hidrovias, sob a coordenação da Diretoria Executiva da SPH, que acompanhou os trabalhos.