Pagamento de salário deve ser feito em cinco parcelas

Governo anuncia o início do pagamento, mas afirma que depende da GM para quitar a folha em dia

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Na última sexta-feira (27), a Secretaria da Fazenda confirmou que o Estado dará início ao pagamento da folha dos servidores vinculados ao Poder Executivo.  No final de semana, o funcionário já pode visualizar nos extratos bancários o crédito das primeiras faixas salariais.  O pagamento deverá ser pago em até cinco partes. A complementação ficará condicionada ao ingresso - previsto para ocorrer entre segunda e terça-feira - dos R$ 302 milhões da antecipação da devolução dos créditos do Fomentar-RS (Fundo de Fomento Automotivo do RS). Se a verba aguardada não entrar no caixa, poderá haver mais atraso no pagamento do salário dos servidores.  Cerca de 65% dos funcionários receberão integralmente na segunda-feira de manhã.  Os demais, com vencimentos mais altos, serão contemplados à medida que o valor extra entrar no Tesouro Estadual. O cronograma não foi divulgado.

Repasses atrasados
Para viabilizar os salários dos funcionários, que totalizam R$ 1,2 bilhão, o governo precisou recorrer a uma série de medidas, entre elas sacrificar repasses para prefeituras e hospitais, suspender pagamentos de fornecedores e atrasar pelo nono mês consecutivo a parcela da dívida com a União no valor de R$ 270 milhões.  Depois de meses de negociações junto à empresa automotiva contemplada pelo Fomentar, na última terça-feira (24) a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei autorizando a captação antecipada dos R$ 302 milhões.

Além dessa operação, a Fazenda precisou novamente postergar cerca de R$ 650 milhões de contas, algumas delas atrasadas há dois meses, como é o caso do transporte escolar e do custeio da saúde. O valor líquido da folha dos servidores do Poder Executivo em novembro atingiu a marca de R$ 967 milhões. Outros R$ 55 milhões são necessários para a folha dos quadros das autarquias e fundações, além de R$ 120 mil para as consignações bancárias e de outros R$ 72 milhões de tributos. Ao todo, são 348 mil vínculos, entre servidores ativos, inativos, pensões previdenciárias e pensões alimentícias.

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