O primeiro caso de dengue em 2016 em Passo Fundo foi confirmado na manhã desta sexta-feira, durante a inauguração da Sala de Monitoramento de Ações Estratégicas de Combate ao Aedes aegypti em Porto Alegre. Segundo levantamento apresentado pelo secretário João Gabbardo dos Reis, com os dados das duas primeiras semanas de 2016, já foram notificados 108 casos suspeitos de dengue no estado. Até o momento o caso de Passo Fundo é o primeiro do Rio Grande do Sul e o paciente contraiu a doença no estado do Paraná.
Também foram atualizados os dados (do ano passado e das duas primeiras semanas de 2016) da febre chikungunya e febre pelo zika vírus. No período, foram identificados 85 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 4 importados foram confirmados. Em relação ao zika, foram registrados 32 casos suspeitos, nenhum confirmado até o momento.Todas as sextas-feiras a SES divulgará um balanço atualizado sobre os casos de dengue, zika e chikungunya. “Precisamos tomar as medidas necessárias para uma ação mais enérgica. Essas ferramentas de inteligência apresentadas nos ajudarão nas tomadas de decisões. Haverá monitoramento permanente dos dados para que possamos retardar a chegada da zika ao estado”, destacou o secretário.
Medidas de prevenção contra o mosquito
Atualmente o Rio Grande do Sul apresenta 174 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. No combate ao inseto, a população pode adotar alguns cuidados simples em suas casas e pátios, com o objetivo de diminuir e evitar potenciais recipientes para o desenvolvimento das larvas do mosquito. Deve-se, principalmente, evitar o acúmulo de água parada, que é onde o vetor se reproduz. Entre as principais recomendações, destacam-se:
- Tampar caixas d'água, tonéis e latões,
- Guardar garrafas vazias viradas para baixo,
- Guardar pneus sob abrigos,
- Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia,
- Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises,
- Manter lixeiras fechadas e
- Manter piscinas tratadas o ano inteiro.
A sala
A sala é uma determinação do governo federal para que todos os estados possam monitorar e acompanhar os casos. O espaço é coordenado pela SES e conta com o apoio das demais secretarias do governo e representantes do Ministério da Saúde, Sindicato Médico do Estado (Simers), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Ministério Público do Estado, Federação dos Municípios (Famurs), Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS), Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Exército Brasileiro e Associação Riograndense de Imprensa. Além da sala de monitoramento, também foi apresentado o aplicativo de celular desenvolvimento para a população, que estará disponível na semana que vem, pelo qual podem ser feitas denúncias de foco do mosquito, além de informações sobre prevenção e doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
O Rio Grande do Sul também receberá reforço de mais de 10 mil agentes comunitários de Saúde no combate ao Aedes aegypti, que executarão ações de combate aos criadouros do mosquito e de orientação sobre as doenças transmitidas durante as visitas domiciliares.
Ações do RS
Desde os primeiros casos identificados no país, a SES se antecipou à possível chegada do vírus ao Rio Grande do Sul com medidas preventivas. Entre as principais ações do plano estadual está o Comitê Intersetorial e a campanha RScontraAedes, que é um conjunto de ações de informações, prevenção e combate ao mosquito. A população pode participar utilizando o site RscontraAedes.ufrgs.br e o telefone 0800 645 3308 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30). Os canais estão disponíveis para dúvidas e informações sobre as doenças, assim como denúncias de focos do mosquito.