O boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (29), pela Secretaria da Saúde, informa que foram registrados até agora 18 casos importados de dengue, ou seja, de pessoas que contraíram a doença em outros estados. Além disso, o secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, confirmou os dois primeiros casos de dengue contraída no território gaúcho (autóctone). Os casos autóctones ainda não foram inseridos no boletim epidemiológica, mas já foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado. Os casos foram registrados em Guaíba e São Paulo das Missões, município do Região Noroeste. De acordo com Gabbardo, o fato reforça a mobilização para 13 de fevereiro - Dia D de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Os novos números foram divulgados durante a reunião semanal do comitê de monitoramento de ações estratégicas, que reúne, além da Saúde, demais secretarias estaduais e entidades representativas envolvidas com a causa. Além disso, Gabbardo informou sobre o planejamento e articulação para o dia 13 de fevereiro. “Serão cerca de 60 mil pessoas que farão desde a visita a domicílios - passando orientações e verificando possíveis locais com água parada, que é onde o mosquito se reproduz - até um mutirão de limpeza de áreas públicas e tratamento de resíduos”, afirmou. Para esse trabalho, o secretário pediu apoio aos municípios durante a Assembleia de Verão da Famurs no Litoral Norte, nessa quinta-feira (28). “Estamos solicitando que eles coloquem à disposição toda a sua estrutura de servidores e maquinário, como os caminhões de lixo e retroescavadeiras”, acrescentou.
A iniciativa também terá a participação do Exército Brasileiro, e nesta reunião, o general de brigada Rogério Pedroti, diretor do Hospital Militar de Área de Porto Alegre, informou que o mutirão de 13 de fevereiro contará com um contingente de aproximadamente 20 mil militares no RS, que atuarão neste primeiro momento em 190 municípios.
O município de Porto Alegre também esteve presente com o prefeito em exercício, Sebastião Melo, e o secretário municipal da Saúde em exercício, Jorge Cuty. Eles apresentaram a experiência da cidade com o monitoramento do Aedes por meio de esperas (armadilhas). São 900 equipamentos, em 27 bairros, que semanalmente são vistoriados por agentes de endemias. Os dados alimentam o sistema, que gera o índice de infestação do mosquito. Cada armadilha é colocada em um imóvel, com a concordância de moradores de Porto Alegre, tornando-os parceiros da prefeitura no trabalho de monitoramento.
O projeto do TelessaúdeRS/ da Ufrgs também informou que em breve estará disponível, para todo o Brasil, um curso à distância de atualização no combate ao Aedes aegypti. Ele será dirigido para todos os agentes de saúde, militares e outras pessoas que irão se vincular às iniciativas do enfrentamento ao mosquito.
Mais informações pelo site do projeto: ufrgs.br/telessauders.