Cultivo da canola e oportunidades para cooperativas motivam curso em Passo Fundo

Secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo esteve presente no Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola, em Passo Fundo

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Oportunidades para cooperativas com a expansão do cultivo da canola foi o tema de palestra do secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, no Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola, realizado nesta semana, em Passo Fundo. Promovido por Associação Brasileira dos Produtores de Canola (AbrasCanola) e Embrapa Trigo, o encontro reuniu pesquisadores, produtores rurais e cooperativas, estudantes, extensionistas rurais e indústrias de alimentos.

Conforme Minetto, a canola é uma cultura de inverno alternativa ao trigo, com possibilidade de maior lucratividade e liquidez. A oleaginosa tem custo de produção variando entre 13 e 15 sacas/hectare, produtividade de 25 a 30 sacas/hectare e preço internacional semelhante ao da soja, que em 2015 oscilou de R$ 63 a R$ 77 a saca.

Minetto apresentou números sobre a canola no Rio Grande do Sul – área colhida de 37.065 hectares e produtividade de 1.160 sacas/hectare em 2015, conforme o IBGE. "O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional, com 69% da área cultivada, mas ainda temos oportunidades para crescer", afirmou.

O óleo de canola, difundido por suas propriedades saudáveis, é a maior destinação da cultura, mas ainda tem espaço para crescer. No Brasil, o óleo comestível de canola tem 1% de participação no mercado, enquanto nos Estados Unidos chega a 20% A utilização da canola para a produção de biocombustíveis e de farelo, para suplemento de rações para bovinos, suínos, ovinos e aves, também são opções para destinação da oleaginosa.

Minetto destacou que outra circunstância favorável para o cultivo da canola é o aumento do índice de mistura de biodiesel ao óleo diesel vendido no Brasil. Legislação federal sancionada no mês passado (lei 13.263) elevou o índice de biodiesel de 7% para 8% até 2017, 9% até 2018 e 10% até 2019.

Conforme o Ministério de Minas e Energia, o biodiesel reduz a poluição ambiental, é biodegradável e renovável. Entre 2007, ano de lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, e 2014, foram economizados US$ 5,3 bilhões com a importação de diesel. Segundo o governo federal, 77% do biodiesel produzido no Brasil têm origem na soja.

Para o secretário da SDR, há mercado para a expansão da canola. "As cooperativas desempenham importante papel nesta cultura, pois recebem produção de associados e entregam para as indústrias", exemplificou.

 

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