Para promover a convivência entre mães e filhos, aproximar e fortalecer os vínculos familiares, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a Polícia Federal (PF) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) iniciaram a primeira fase do Projeto Inspira nesta sexta-feira (8). Dez mulheres privadas de liberdade tiveram a oportunidade de passar um dia atípico, junto aos seus filhos, fora da penitenciária, no Centro de Convivência e Treinamento da PF, em Santa Maria.
As mães, atualmente recolhidas ao regime fechado da Penitenciária Estadual de Santa Maria (PESM), passaram por uma seleção, que levou em conta critérios de bom comportamento, disciplina e educação. A atividade é pioneira, pois para que as apenadas possam ver seus filhos é preciso que algum parente os leve até a casa prisional.
Segundo o delegado penitenciário da 2ª Delegacia Penitenciária Regional (Região Central), Anderson Prochnow, das 10 mulheres, sete não viam seus filhos há mais de um ano. “Este projeto vai ao encontro da missão primordial da Susepe, que é a inclusão social. É um momento ímpar. Acredito que estas atitudes sirvam para resgatar a autoestima, visto que o dia de hoje certamente ficará marcado na vida de cada uma delas”, observa.
O evento, que iniciou às 9h e vai até as 16h30, promove diversas atividades ao longo do dia, com a participação de cerca de 20 crianças, de dois a 12 anos. Além disso, todas as participantes receberam camisetas alusivas ao projeto. Kits de higiene bucal e materiais escolares serão distribuídos aos filhos. A ideia é realizar o evento duas vezes ao ano.
Parcerias
Para que as oficinas e atividades de integração fossem desenvolvidas, o projeto contou com a parceria também de alunos da Escola de Palhaços da UFSM, também profissionais de Odontologia, Artes Cênicas, Pedagogia, Enfermaria, Psicologia e Assistência Social. O projeto teve apoio também da Vara das Execuções Criminais, Brigada Militar, Centro de Especialidades Odontológicas da prefeitura de Santa Maria, Exército Brasileiro, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e a empresa de segurança privada Vigillare.