99,9% dos motoristas respeitam o limite de velocidade

Pardais registram respeito de 99,9% dos motoristas ao limite de velocidade

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Pardais são considerados discretos porque não há indicativo de sua localização - ao contrário do que ocorre com as lombadas eletrônicasPardais são considerados discretos porque não há indicativo de sua localização - ao contrário do que ocorre com as lombadas eletrônicas
Pardais são considerados discretos porque não há indicativo de sua localização - ao contrário do que ocorre com as lombadas eletrônicas
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Apenas 0,17% dos veículos que passaram pelas rodovias estaduais controladas por pardais no Rio Grande do Sul foram autuados em 2015. A estatística faz parte de um levantamento feito pela Diretoria de Operação Rodoviária (DOR) do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). 

De acordo com o estudo, o fluxo de veículos registrado no ano passado foi de 158.641.451, dos quais 263.798 receberam a autuação. “Esses dados comprovam que 99,83% das pessoas respeitam os limites de velocidade, ou seja, os pardais cumprem a função a que se propõem”, afirma o diretor da DOR, Rogério Uberti. 

Segundo o dirigente, cada equipamento monitora duas faixas. Os pardais são considerados discretos porque não há indicativo de sua localização - ao contrário do que ocorre com as lombadas eletrônicas. Essa característica visa estimular aos motoristas a obedecer ao limite de velocidade em toda a extensão do trecho sinalizado. 

Atualmente, 90 faixas são monitoradas nas rodovias estaduais do Rio Grande do Sul. Os contratos para a instalação de pardais nas estradas gaúchas foram assinados em 2014 com as empresas Perkons S. A. e Fiscal Tecnologia e Automação Ltda.. A primeira é responsável por 34 equipamentos e 14 câmeras de monitoramento, que começaram a operar em novembro. Já a Fiscal Tecnologia e Automação Ltda., com 11 equipamentos e seis câmeras de monitoramento, iniciou sua atuação em dezembro. 

Acidentes caíram 76%  

Ao trafegar na velocidade indicada para a via, os motoristas também contribuem para a redução do número de acidentes. Na ERS-122, a queda foi nítida de 2013, quando não havia pardais, para 2015, quando eles voltaram a funcionar durante o ano inteiro. O comparativo não se aplica a 2014 porque, nesse ano, os equipamentos começaram a ser implantados em agosto e foram ativados em novembro. 

Em quatro pontos dessa rodovia - cujos quilômetros não serão divulgados - houve 54 acidentes em 2013. Nesses mesmos locais, depois da instalação dos pardais, foram registradas 13 ocorrências em 2015. Portanto, a redução nos pontos onde há equipamento na ERS-122 foi de 76%. 

O número de acidentes na extensão total da ERS-122 chegou a 755 em 2013, caindo para 508 em 2015. “A redução foi de 32%, conquista que também pode ser atribuída à atuação do Comando Rodoviário da Brigada Militar, que faz uso dos radares móveis nos pontos onde não há fiscalização eletrônica”, comemora Uberti. 

Motoristas podem recorrer 

Os motoristas flagrados pelos pardais têm a possibilidade de recorrer a partir do momento em que recebem a notificação no endereço cadastrado junto ao Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran RS), cumprindo o prazo de defesa determinado. Se a defesa for apresentada, passa a valer o efeito suspensivo até o julgamento da mesma pela junta da Assessoria de Julgamento de Infrações de Trânsito (AJI). 

Se não for apresentada a defesa, há uma notificação de imposição de penalidade e o usuário passa a ser considerado responsável pela infração. Nesse caso, há a possibilidade de pagar o valor ou entrar com recurso na AJI. Em caso de deferimento, ocorre a baixa da multa, isto é, ela torna-se nula. Mas se a junta da AJI considerar a autuação pertinente e o motorista não estiver de acordo, após pagar a multa ele ainda pode recorrer administrativamente ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran).

Para mais informações, entre em contato com a AJI pelo telefone 51 3210 5141. 

Governo do Estado

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