Em reunião de governadores com o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no início da tarde desta segunda-feira (20), em Brasília, o governador José Ivo Sartori defendeu aumento do percentual de carência no serviço da dívida de 40% para 100% das parcelas, por 24 meses, proposto pela União. A medida representaria ganho de caixa de R$ 7,3 bilhões para o Rio Grande do Sul, nos próximos três anos. Sartori voltou a reafirmar que o governo federal não resolverá suas dificuldades financeiras com estados e municípios falidos e solicitou que as situações mais graves, como o caso do Rio Grande do Sul, sejam analisadas separadamente pela União.
Sartori também voltou a pedir que o governo federal não bloqueie as contas do Estado e nem retenha parcelas de transferências constitucionais, para quitação das parcelas mensais da dívida com a União, suspensas, desde abril, por liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal por 60 dias. "Isso impactaria em nosso fluxo financeiro em R$ 600 milhões. Precisamos voltar a ter capacidade de investir nos serviços essenciais à população, como Saúde, Educação e Segurança. É uma luta diária para garantir até mesmo o salário do funcionalismo. Contamos com o bom senso e com a sensibilidade da União", argumentou o governador.
Também participaram da reunião convocada por Meirelles, os governadores de Alagoas, Renan Filho; do Amapá, Waldez Góes; do Amazonas, José Melo de Oliveira; do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; do Espírito Santo, Paulo Hartung; de Goiás, Marconi Perillo; do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; de Pernambuco, Paulo Câmara; do Rio Grande do Norte, Robinson Faria; de Rondônia, Confúcio Moura; de Santa Catarina, Raimundo Colombo; de São Paulo, Geraldo Alckmin; e do Tocantins, Marcelo Miranda. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, acompanhou o governador gaúcho.
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