O 31º Congresso Nacional de Milho e Sorgo se inicia neste domingo (25) no Hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves. Com a temática 'Milho e Sorgo: inovações, mercados e segurança alimentar', o evento dará ênfase às discussões sobre impactos das novas tecnologias geradas pelas instituições de pesquisa pública e privada e seus desdobramentos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão sobre as culturas de milho e sorgo no Brasil.
São esperadas mais de mil pessoas entre pesquisadores, produtores, extensionistas, técnicos e dirigentes das indústrias de insumos e de máquinas e equipamentos agrícolas, de cooperativas, professores e estudantes, para analisar e discutir os avanços das tecnologias responsáveis pelo desenvolvimento das culturas de milho e sorgo no Brasil. O congresso ocorre a cada dois anos e será realizado no Rio Grande do Sul depois de 24 anos. A última edição em solo gaúcho foi em Porto Alegre, em 1992.
Segundo dados da Associação Brasileira de Milho e Sorgo, o milho é um dos mais importantes produtos da agropecuária brasileira, tanto em termos de área plantada, como em geração de emprego e renda na produção, como importante item da alimentação humana e animal e na obtenção de divisas com a exportação. A cultura do milho ocupa a segunda maior área plantada, somente superada pela da soja, e é a atividade agrícola mais frequente nas propriedades rurais do Brasil. Em termos mundiais, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho, atrás dos Estados Unidos da América e da China e o terceiro maior consumidor mundial do grão.
Sorgo
A cultura do sorgo pode ter diversos objetivos: produção de grãos; de forragem; vassoura; e etanol. Para cada tipo de finalidade há variedades especificas disponíveis para o agricultor. O tipo de sorgo mais cultivado no Brasil é o sorgo granífero, destinado para o mercado de alimentação animal.
De acordo com o assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar da área de grãos, Alencar Rugeri, o congresso será baseado em três eixos que envolvem a cadeia produtiva do milho e do sorgo: técnico, político e científico, com vistas a levar conhecimento ao público. “O que precisamos para avançar em produtividade e área no Estado é conhecimento. Se tivermos maior conhecimento e segurança sobre a cultura, conseguiremos atender o principal objetivo, que é ter um Estado autossuficiente na produção de milho para estabelecer o equilíbrio”, explica.
O assistente técnico também frisa a importância de aproximar a pesquisa do produtor rural. “Precisamos que o trabalho da pesquisa cheguem aos produtores através da Extensão Rural, para que esse trabalho efetivamente tenha efeito. Para isso, falaremos desde a produção até a comercialização do milho e todos os sistemas que o evolvem”, explica.
O 31º Congresso Nacional de Milho e Sorgo ocorre até quinta-feira (29). A programação conta ainda com uma conferência sobre 'O desafio da produção sustentável frente à demanda crescente por alimentos saudáveis', workshops com as temáticas 'Manejo Integrado de Spodoptera frugiperda na era atual' e 'Estado da arte do percevejo barriga verde (Dichelops spp) em milho', reuniões técnicas anuais do Milho (61ª edição) e Sorgo (44ª edição), além de palestras, painéis e cursos. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), com realização da Fepagro e Emater/RS-Ascar, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo e governo do Estado.