Adoção: Deixa o amor te surpreender

Campanha do TJRS é lançada com o desafio de incentivar a flexibilização do perfil para adoção

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No Estado, 5,2 mil pessoas aguardam na fila em busca de um filho adotivo, número quase nove vezes maior do que a quantidade de crianças e adolescentes aptos para ganhar um novo lar. O perfil desejado pela grande maioria é o de crianças saudáveis, de 0 a 3 anos. Mas, dos 600 jovens em condições para adoção no Estado, cerca de 80% têm mais de 10 anos, pertencem a grupos de irmãos ou possuem algum tipo de deficiência. Mudar essa realidade, proporcionando a convivência familiar, é o desafio da campanha Deixa o amor te surpreender, lançada pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Sul.

“Esperamos informar e chamar os pretendentes a adoção para a reflexão deste assunto e, quem sabe, flexibilizar o perfil. E, paralelamente, os Juizados da Infância e Juventude também estão trabalhando sobre esse tema nos cursos de preparação a adoção, fazendo buscas de perfis aproximados para tentar verificar se o pretendente tem possibilidade de flexibilização do perfil”, explica a coordenadora da Infância e Juventude do RS, Juíza-Corregedora Andréa Rezende Russo.

A iniciativa é liderada pela Corregedoria-Geral da Justiça e pela Coordenadoria da Infância e Juventude do RS (CIJRS) e pretende incentivar a reflexão sobre o tema, especialmente no que se refere à flexibilização do perfil procurado pelos candidatos a adotantes. Hoje, o Rio Grande do Sul tem 600 crianças e adolescentes disponíveis para adoção e mais de 5,2 mil candidatos a adotantes já habilitados pela Justiça. A conta que não fecha retrata que a maioria procura por uma criança saudável de até 3 anos.

De acordo com dados do CNA/CNJ, das 399 crianças e adolescentes que estão em processo de adoção, 214 (53,64%) têm entre 0 e 3 anos. Já crianças com mais de 10 anos, grupos de irmãos e jovens portadores ou não de alguma deficiência representam a grande maioria do cadastro: 543 têm 10 anos ou mais (90,5%); 411 possuem irmãos (68.5%) e 217 têm problemas de saúde (36,17%).

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