O pedido de impeachment contra o mandato de José Ivo Sartori (PMDB), protocolado ontem (24) pelo Cpers-Sindicato, foi definido como “inconsistente” pelo governo do estado. De acordo com a nota divulgada nessa segunda-feira, a manifestação do sindicato não oferece solução econômica para a situação da educação pública estadual. “Além de ser inconsistente, não ajuda o Estado a superar a crise financeira e a melhorar a qualidade do ensino”, diz o anunciado, que também afirma que o pedido protocolado pelo sindicato faz parte de “sua conhecida radicalização política”. Quanto a sua resolução, a nota apontou que a Assembleia Legislativa “saberá dar o devido encaminhamento à questão”.
De acordo com o Cpers, em agosto de 2015 a entidade teria conquistado uma liminar de mandado de segurança que proibia Sartori de parcelar os salários dos professores e funcionários das escolas municipais. A decisão foi aceita pelo Tribunal de Justiça (TJ/RS) em setembro deste ano. “Nós temos, desde o ano passado, uma liminar que proíbe o governo de parcelar o nosso salário. Somente nesse ano, nós temos sete meses de parcelamento. Mesmo com a liminar, no final do mês [de setembro], ele parcelou novamente”, observou a atual presidente do sindicato, Helenir Schürer. A iniciativa para pedir afastamento do governador foi aprovada pelo Conselho Geral na última sexta-feira (21).