A segunda etapa da vacinação contra febre aftosa se inicia na próxima terça-feira, 1º de novembro, em todo o Rio Grande do Sul. Ao contrário de campanhas de imunização anteriores, nesta etapa, o governo do Estado não disponibilizará as doses da vacina aos criadores. Até o dia 30 de novembro, deve ser imunizado todo o rebanho bovino e bubalino (búfalos) com até 24 meses de idade.
A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação divulgou nota na qual solicita a colaboração dos produtores, para que, independentemente do enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e da quantidade de bovinos, dirijam-se à inspetoria veterinária no período indicado para comprovar a vacinação de seus animais contra a febre aftosa.
Nesta etapa de vacinação não serão fornecidas novas vacinas, ficando a cargo do produtor a aquisição das doses para imunizar os animais. Na etapa de vacinação do mês de maio, foi utilizado o estoque de vacinas, que foram distribuídas aos criadores. Conforme dados do governo do Estado, naquela campanha, o Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Seapi tinha disponíveis para doação aproximadamente 900 mil doses de vacinas para cerca de 150 mil produtores que estariam aptos ao recebimento gratuito, que representava 45% da categoria. Ainda no mês de maio houve a redução de doses distribuídas e 60% das pessoas que recebiam a vacina gratuita até o ano passado continuaram recebendo naquela etapa.
Desde a vacinação ocorrida em maio, o governo estadual não adquiriu novas doses, devido à situação econômica do Rio Grande do Sul, que era o único estado brasileiro a fornecer as doses gratuitamente. Mesmo sem a distribuição gratuita, a expectativa é de que os produtores procedam a imunização por entenderem a importância da vacinação. O último foco da doença, no Estado, foi registrado em 2001. Entre as consequências, estiveram o sacrifício de 28 mil animais e mais 7 mil abatidos, o gasto de aproximadamente US$ 25 milhões em custos diretos, além das perdas econômicas geradas pelo impedimento da venda de produtos de origem animal e vegetal.
Orientações
O criador deve estar atento aos aspectos práticos da imunização. O pecuarista precisa, por exemplo, pegar a nota fiscal da vacina com o fornecedor do produto e apresentá-la na Inspetoria Veterinária do município, juntamente com a relação dos animais imunizados para declarar a vacinação. Além disso, ele deve ter cuidado com o transporte e armazenamento da vacina, procurando mantê-la sempre na temperatura de 2ºC a 8ºC para não perder a eficácia.
Outros cuidados são com a aplicação da dose correta do produto (5 ml) na lateral do pescoço do animal, usando seringas e agulhas limpas e não danificadas ou tortas. O produtor deve ficar atento aos prazos da vacinação e sua declaração no serviço veterinário oficial, porque o descumprimento impedirá a emissão de Guia de Trânsito Animal e pode gerar multas.