Sartori espera por socorro da União

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O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, decretou estado de calamidade financeira no estadoO governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, decretou estado de calamidade financeira no estado
O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, decretou estado de calamidade financeira no estado
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O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, lamentou hoje (22) que as medidas já adotadas para cortar gastos públicos, como a extinção de secretarias de estado e de fundações, não tenham sido suficientes para reequilibrar as contas do estado, obrigando-o a decretar estado de calamidade financeira.

“Todos nós [governadores] estamos atrás de recursos, mas compreendemos a realidade financeira do país, da União. Por isso teremos agora esse fórum permanente. Para trabalharmos conjuntamente e fortalecermos a federação”, acrescentou Sartori, que a exemplo de outros governadores, admitiu se reunir com o presidente Michel Temer com a expectativa de que o Palácio do Planaltolibere aos estados a parte dos valores arrecadados com a cobrança de multas pagas por quem aderiu ao programa de regularização de bens e ativos no exterior, a chamada repatriação. Os governadores defendem ter direito constitucional a esses valores. “Estamos com muitas dificuldades. Por isso já vínhamos tomando medidas para modernizar e recuperar a administração”, disse Sartori, justificando o parcelamento de salários de servidores e os cortes orçamentários. “Criar a Lei [Estadual] de Responsabilidade Fiscal; a Previdência Complementar e cortar gastos de toda ordem não foi suficiente para manter a estrutura do estado. Por isso o decreto”, justificou Sartori após participar de uma reunião do Fórum Permanente de Governadores, que precedeu encontro com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, e reuniu, em Brasília, 21 governadores e vice-governadores.

Calamidade

Publicado nesta terça-feira (22), o decreto de calamidade financeira formaliza a situação de extrema gravidade, autorizando secretários estaduais e dirigentes de órgãos públicos a adotar medidas excepcionais para reduzir despesas e racionalizar os serviços públicos, exceção aos considerados essenciais.

Ontem (21), o governo já tinha anunciado um plano com quase 40 medidas para tentar reverter a crise. Entre as propostas estão a fusão de secretarias; a extinção de nove fundações; o enxugamento de estruturas de serviços e mudanças legais como alterações na concessão de licenças-prêmio, a vedação de pagamento de parcelas indenizatórias sem previsão legal, além de outras medidas previdenciárias, entre outras.

Agência Brasil

 

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