No ano passado, o Rio Grande do Sul registrou um incremento de 2,7% na frota, a menor variação dos últimos 13 anos. Desde 2003, quando a baixa automática dos veículos que não substituíram a antiga placa amarela reduziu a frota em 9%, o crescimento não era tão baixo. O ritmo, que vinha em uma média de 6% ao ano desde então, começou a reduzir em 2014. Passou de 5,3% de aumento naquele ano para 3,5% em 2015, sempre em relação aos anos anteriores. O levantamento do DetranRS analisa o período de 1997 a 2016.
A desaceleração da economia é a explicação óbvia para o menor crescimento. Mas pode sugerir também um movimento de mudança. Algumas pessoas já começam a perceber desvantagens no veículo particular: congestionamentos, custos de manutenção e estacionamento, entre outras. Esses fatores, muitas vezes, têm tornado o carro um inconveniente, mais que um conforto, o que tem feito muita gente buscar alternativas como morar próximo do trabalho, utilizar transporte público e transportes alternativos, como a bicicleta.
O incremento da frota gaúcha foi de 144,4% em 20 anos. Em 1997, eram 2,6 milhões de veículos. Ao virar o ano de 2016, já eram 6,4 milhões, uma diferença de 3,7 milhões de veículos a mais circulando nas ruas e rodovias do estado. Mesmo com a desaceleração do crescimento, o aumento expressivo da frota representa um grande desafio para os gestores de trânsito, não somente em termos de infraestrutura, mas também de conscientização e educação para o trânsito.