Culturas de inverno estão em lenta recuperação no RS

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91% das lavouras de trigo estão em desenvolvimento vegetativo91% das lavouras de trigo estão em desenvolvimento vegetativo
91% das lavouras de trigo estão em desenvolvimento vegetativo
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O desenvolvimento da cultura do trigo segue em lenta recuperação, em função da baixa umidade no solo, embora o aspecto visual seja bem melhor do que nas semanas anteriores. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, permanece o quadro de baixa densidade de plantas e pouco perfilhamento, apresentando folhas pouco desenvolvidas e as primeiras espigas com baixo número de espiguetas. No momento, 91% das lavouras de trigo estão em desenvolvimento vegetativo, 8% em floração e 1% iniciando a formação de grãos Estes percentuais situam-se em três pontos abaixo da média para o período.

Na canola, as lavouras também estão com melhor aspecto visual, mas ainda com pouca uniformidade, baixa formação de síliquas, com pequeno porte. Produtores recorrem ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), informando a geada como principal evento prejudicial. Porém, as lavouras apresentam baixo potencial produtivo em decorrência do conjunto de adversidades climáticas ocorridas até o momento, chuva em excesso na implantação e início do desenvolvimento, seguida de longo período com baixa umidade e geada de grande intensidade.

Hortigranjeiros e Citros

A safra do pepino está na fase vegetativa e de início de produção, tanto para o pepino conserva quanto para o salada. O clima ameno do período foi adequado ao desenvolvimento da cultura em ambiente protegido, recuperando-se as perdas decorrentes da geada formada no mês passado, que causou abortamento de flores/frutos nas primeiras apanhas. A procura está em alta nos mercados, e o preço se manteve estável, na faixa de R$ 3,50/kg (preço de entrega dos produtores) para ambos.

O clima das últimas semanas foi adequado ao bom desenvolvimento do cultivo do morango. A produção é crescente, mas ainda não atingiu seu ápice. Áreas de segundo ciclo ou produzidas com mudas nacionais ou próprias já estão sendo colhidas. A produtividade é considerada boa até o momento. Alguns frutos precisam ser descartados devido ao ataque de doenças e pragas, que neste ano tem se intensificado, registrando-se forte ocorrência de ácaros que comprometeram com severidade algumas áreas de produção.

As plantas cítricas do Vale do Caí estão iniciando a floração. Tem continuidade a colheita nas laranjeiras e bergamoteiras de ciclo tardio, facilitada no mês de julho e início de agosto graças ao tempo bom. No começo de agosto teve início a colheita da Murcott, uma fruta graúda, cuja casca é fina, mais grudada aos. Destina-se tanto ao consumo natural como para elaboração de sucos. O preço médio recebido pelos citricultores está em R$ 26,00/cx. de 25 quilos (veja quadro). Este preço médio é o mesmo que os citricultores estão recebendo pela bergamota Montenegrina, a tangerina com maior área de cultivo e maior produção no RS, que também é exportada para outros estados do Brasil. Entre as laranjas, estão em colheita a céu tardia, fruta de mesa sem acidez, a umbigo Monte Parnaso, fruta de mesa por excelência, e a Valência, destinada para a elaboração de suco, cujo preço médio recebido pelos citricultores está em R$ 350,00/ton.

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