A greve dos professores da rede estadual, que já está na quarta semana, será mantida. A informação foi confirmada pelo Cpers Sindicato na tarde de segunda-feira (25), em resposta à declaração do governo do Estado sobre o parcelamento de salários. Para a presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer, o anúncio não foi claro e abre possibilidades para o parcelamento de salários. “Em nenhum momento o governador disse que vai pagar em dia. Eu acho que estão querendo nos enganar”, frisou a professora, em rede social. Conforme a categoria, a condição para encerrar a greve é ter o salário integralizado na conta no último dia útil do mês. Para essa sexta-feira (29), o Sindicato organiza um ato, em Porto Alegre, com expectativa de levar 30 mil servidores às ruas em protesto contra o governo e o parcelamento de salários.
Em Passo Fundo, o 7° Núcleo do Cpers confirma adesão de mais de 80% dos professores na paralisação. Nos 27 municípios da região, conforme o diretor regional da entidade, Orlando Marcelino da Silva, cerca de 50% da categoria está em greve. Conforme levantamento da 7° Coordenadoria Regional de Educação (7ªCRE) são sete escolas paralisadas de maneira integral, 15 parciais e 65 funcionando normalmente no município. Na região de abrangência da coordenadoria, que envolve 32 municípios, são 123 escolas, das quais 23 estão em greve total e 23 parcial. O coordenador da 7ªCRE, Elton Luiz de Marchi, acredita que o anúncio do governo deva enfraquecer a greve nos próximos dias.
Sartori pede o fim da greve
Em mensagem dirigida aos servidores, o governador agradeceu a compreensão da maioria e destacou que, apesar de todas as dificuldades, o governo conseguiu manter o pagamento dos vencimentos sempre dentro do mês. "Em setembro, pagamos tudo até o dia 13, e não há atraso de salários neste momento". Sartori fez um apelo especial aos professores para que mantenham as aulas normalmente e os alunos e suas famílias não sejam prejudicados ainda mais.