Mesmo parcial, a greve do magistério se mantém

Pelo menos duas escolas seguem fechadas totalmente, enquanto 14 aderiram a paralisação parcial. De acordo com sindicato, movimento quer ser ?EURoeainda mais forte?EUR? nesta semana

Por
· 2 min de leitura
 Crédito:  Crédito:
Crédito:
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

“Atividades suspensas por tempo indeterminado”, diz o comunicado no site do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA). A paralisação dos professores e funcionários da unidade já completa mais de 30 dias e acompanha o movimento grevista que atinge o Estado. “Até atendemos quem chega aqui, mas está tudo parado. Não temos provas, nem inscrições porque não houve avanço nas negociações”, explicou a diretora da instituição, Cleonice Oliveira. Além do Neeja, a escola Adelino Pereira Simões, do bairro Nonoai, também não recebe alunos pelo mesmo período. “Alguns professores e funcionários até vão para bater o ponto, mas a equipe diretiva está toda em greve. Quando for o caso, recuperaremos [as aulas] todos juntos”, disse o diretor Rubem Nicolau.

Estas duas escolas, de acordo com a coordenação da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), são as únicas em Passo Fundo com paralisação total. Outras 14, no entanto, operam parcialmente. Um exemplo é o Instituto Cecy Leite Costa, que abre em alguns turnos e fecha em outros. “Por enquanto, é só parcial. Desde o início a escola atendeu em alguns turnos - e deve continuar assim”, apontou a diretora, Sheila Rapkievicz. No total, Passo Fundo conta com 39 escolas estaduais. De acordo com a 7ª CRE, 22 estão funcionando normalmente. Na região, sete escolas estão paradas sem previsão de retorno das aulas. “O número de grevistas reduziu bastante”, começou o atual coordenador da 7ª CRE, Elton d’Marchi. “Entendemos que o novo calendário de reposição das aulas vai gerar um pouco de horas extras, mas pelo menos acelera o fim do ano letivo. Já começamos a mandar emails às escolas para que se comece a recuperação”, completou.

Reivindicações
Os salários de setembro foram pagos e o calendário para recuperação das aulas divulgado, mas a greve do magistério continua em várias regiões do RS. O motivo da paralisação, no entanto, não segue apenas a reivindicação do pagamento integral dos profissionais das escolas estaduais. De acordo com a presidente estadual do Cpers/Sindicato, Helenir Schürer, a categoria persiste porque sofre manobras que visam intervir no movimento. O calendário de recuperação, divulgado pelo governo estadual na última sexta-feira (13), é uma das formas de fazê-lo, disse o sindicato. “Só para esclarecer, calendário de recuperação só se faz depois do fim da greve, com negociação dos dias parados. Nosso movimento continua forte”, afirmou Helenir em transmissão ao vivo pelas redes sociais do Cpers.

Recuperação
A Secretaria Estadual de Educação encaminhou o calendário de recuperação das aulas, com base na informação de que 70% dos estabelecimentos já estavam funcionando normalmente na sexta-feira (13). A proposta é para que as escolas utilizem todos os sábados disponíveis até completar o ano letivo de 2017, cujo encerramento deve ocorrer até 14 de janeiro. “No caso dos professores que seguirem em greve, a recuperação pode se estender até abril de 2018”, disse o diretor de Recursos Humanos da Seduc, José Adílson Santos Antunes.

Gostou? Compartilhe