Plantio do milho no RS se encaminha para o final

Em regiões como Erechim, Ijuí, Passo Fundo e Santa Rosa, o plantio do milho ultrapassa os 80%

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No Estado, 75% da área esta plantadaNo Estado, 75% da área esta plantada
No Estado, 75% da área esta plantada
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Devido à melhora nas condições meteorológicas, com o retorno da umidade no solo a níveis apropriados aos trabalhos de plantio, as culturas de verão tiveram aumento na área semeada nesta última semana. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quarta-feira (01/11) pela Emater/RS-Ascar, a área semeada de milho já atingiu 75% no Rio Grande do Sul. Em regiões como Erechim, Ijuí, Passo Fundo e Santa Rosa, o plantio do milho ultrapassa os 80%.

Com o regime de chuva regularizado e as altas temperaturas, houve aceleração no crescimento das plantas nos últimos dias. Algumas lavouras de milho estão entrando no período de floração (início), fato que atinge 3% do total semeado no Estado. As áreas atingidas pelas chuvas recuperaram o potencial produtivo da cultura. Os produtores continuam realizando o controle das ervas daninhas e aplicação da adubação nitrogenada em cobertura. As expectativas de produtividade são muito boas entre os produtores.

O período também foi favorável para os trabalhos com a soja. Segue em andamento a dessecação e preparo das áreas para o plantio, o qual deverá se intensificar nas próximas semanas se as condições meteorológicas permitirem. No momento, a área semeada atinge 9% do total projetado.

Apesar do bom impulso até o momento, a área coberta do arroz está em torno de 42%, bem menos que os 68% registrados no ano anterior e a média de 60% dos últimos cinco anos, para o mesmo período. Os produtores tentam agora recuperar o atraso antecipando e acelerando a aplicação de nitrogênio em cobertura, para que as lavouras voltem a ter um desenvolvimento dentro dos padrões ideias para uma boa produtividade.

O feijão de primeira safra atingiu 70% da área semeada no Estado, sendo que regiões importantes como Frederico Westphalen e Passo Fundo já atingiram a totalidade do plantio.

GRÃOS DE INVERNO
A colheita do trigo terá continuidade sem maiores contratempos, alcançando 35% da área semeada nesta safra 2017. Nesse sentido, recente levantamento sobre a área efetivamente plantada neste ano registrou uma diferença de cerca de 30 mil hectares em relação à projeção inicial de 728 mil hectares. Essa diminuição é fruto de condições climáticas desfavoráveis, que impediram o plantio em período recomendado ou à impossibilidade de replantio por perdas no início do processo.

Devido às intempéries ocorridas neste ano, ao longo do ciclo da cultura, é grande a variabilidade nas produtividades das lavouras colhidas até o momento, o que dificulta uma aferição mais precisa. No geral, essas têm se mostrado abaixo das estimativas iniciais, assim como é baixa a qualidade final do produto retirado das lavouras. O grão colhido, na sua maioria, apresenta qualidade abaixo do padrão estabelecido para a indústria.

CRIAÇÕES
As áreas de campo nativo apresentam melhorias na capacidade de suporte, com a brotação de algumas espécies. Os produtores estão manejando os rebanhos que utilizam exclusivamente o campo nativo e realizando o ajuste da carga animal. As condições climáticas nesta primavera favorecem o rebrote dos campos nativos e das pastagens anuais e perenes de verão, que estão na fase de início de desenvolvimento vegetativo, melhorando a qualidade das forrageiras. As chuvas excessivas da semana passada têm prejudicado a utilização das pastagens, principalmente nas áreas baixas.

De maneira geral, o rebanho bovino de corte das diversas regiões do Estado apresenta boas condições sanitárias e nutricionais. No entanto, os animais que permaneceram exclusivamente em pastagens nativas durante o inverno apresentam baixo escore corporal e estão em plena recuperação de peso, principalmente devido ao aumento da oferta de alimentos, provocado pelo rebrote das espécies forrageiras dos campos nativos. A fase é de parição e desenvolvimento dos terneiros. Neste período, os criadores realizam algumas práticas de manejo pós-parto, como o tratamento do umbigo dos terneiros recém-nascidos, controle das verminoses com uso rotativo de vermífugo e controle de ectoparasitas, especialmente carrapatos.

 

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