Estado monta plano para minimizar bloqueios

O número de municípios gaúchos que decretaram situação de calamidade pública aumentou para 407, incluindo a capital.

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Reuniões foram realizadas pelo Gabinete de Crise para minimizar os bloqueios de cargas paralisadas em rodovias gaúchasReuniões foram realizadas pelo Gabinete de Crise para minimizar os bloqueios de cargas paralisadas em rodovias gaúchas
Reuniões foram realizadas pelo Gabinete de Crise para minimizar os bloqueios de cargas paralisadas em rodovias gaúchas
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O governo do Estado está concentrando esforços para diminuir os impactos do desabastecimento nas cidades gaúchas e normalizar a circulação de produtos essenciais como remédios, alimentos perecíveis, combustível e insumos químicos para água potável, entre outros itens. Somente neste sábado (26), ocorreram quatro reuniões entre o vice-governador José Paulo Cairoli, secretários e grupos de trabalho, todas elas por iniciativa do Gabinete de Crise instituído pelo governador José Ivo Sartori para monitorar e buscar soluções aos efeitos provocados por cargas paralisadas nas rodovias.

Até o final da tarde, a greve dos caminhoneiros concentrava 87 pontos de paralisação. A prioridade da coordenação da Defesa Civil estadual, já a partir deste domingo, é executar ações integradas nas áreas da Saúde, Transporte, Segurança e Agricultura. Um Centro de Informações funciona no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria da Segurança Pública para identificar as necessidades imediatas de atendimento, apoio ou mesmo desobstrução de vias de acesso para itens emergências.

O número de municípios gaúchos que decretaram situação de calamidade pública aumentou para 407, incluindo a capital. A Defesa Civil realizou levantamento em cada área, como transporte de combustível por comboio para ambulâncias, viaturas e transporte coletivo. Para o coordenador da Defesa Civil Estadual e do DCCI, Cel. Alexandre Martins, todos têm o consenso de que o transporte de produtos de emergência é essencial. "Por isso descartamos resistência dos movimentos", afirmou.

No DCCI, 50 integrantes da Defesa Civil e agentes de segurança foram orientados para os procedimentos em ocorrências emergenciais. Segundo o vice-governador, o Comitê avalia a cada hora a situação nos principais pontos do estado para garantir a normalidade das operações de segurança e transporte. "Estamos monitorando e atentos aos movimentos. O contingente da Brigada Militar nas operações não será afetado no policiamento dos municípios", pontuou.

O procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel, explicou a base legal de atuação junto aos movimentos, em acordo com a medida cautelar expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para reintegração de posse de rodovias, a partir de ações coordenadas com a Segurança Pública.

Já o secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, relatou as urgências envolvendo laticínios, frigoríficos, transporte de cargas vivas, ração para animais, deterioração de alimentos retidos nas estradas e abastecimento junto à Ceasa.

Ainda no Palácio Piratini, Cairoli reuniu-se com o grupo de trabalho da área da Saúde, com o secretário Francisco Paz, para diagnóstico e condução das ações em hospitais. A gravidade está nos centros de hemodiálise, acúmulo de lixo hospitalar, combustível para ambulâncias e transporte de exames, soros, sangue e alimentos, além da preocupação com infecção hospitalar diante da falta de produtos nas unidades de lavanderia.

Nos próximos dias, novos levantamentos serão produzidos no DCCI para intensificar ações caso permaneça o desabastecimento no Estado.

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