Com a proposta de que um senador tem que ter atitude, ser mais solidário com as demandas e representar o Estado como a função requer, Beto Albuquerque coloca o pé na estrada para consolidar a pré-candidato ao Senado. No ritmo das eleições, e ainda comemorando o resultado da reunião do diretório, já que disputou a vaga com José Fortunati, Beto diz que um senador não pode ficar quieto diante de problemas como o fechamento de um polo naval ou se esconder na moita quando uma greve de caminhoneiros para o Brasil, numa referência crítica aos atuais representantes do Estado no Senado.
O PSB estadual oficializou o nome de Beto na disputa por uma das duas vagas que estão em jogo na eleição deste ano na noite de quint-feira, na Assembleia Legislativa. Filiado ao PSB desde 1986, Beto atualmente é vice-presidente nacional da sigla. Os socialistas também aprovaram, por maioria, a permanência na base do governo Sartori e o apoio ao governador na sua pré-candidatura à reeleição.
“Eu agradeço imensamente a confiança dada pelo meu partido, neste grande desafio que recebo. Estou preparado para representar os gaúchos no Senado”, afirmou. Até a convenção do partido, que acontece em julho, Beto pretende percorrer todas as regiões do Estado e conversar com lideranças e entidades. “É o momento de ouvir mais do que falar. O pré-candidato disse que manterá a luta pelas causas da vida como a do transplante de medula óssea, de órgãos e pela redução de acidentes de trânsito e de vítimas. Mas, quer avançar num debate que considera extremamente necessário para que o país retome o caminho da estabilidade: um novo pacto federativo. “Não é possível que prefeitos e governadores continuem passando o chapéu para ganhar migalhas da União. Um novo pacto para descentralização as ações do governo federal e também a arrecadação é urgente”, disse.
Em 2014, Beto Albuquerque era candidato ao Senado, mas interrompeu a campanha após o falecimento do então candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos. Beto assumiu, então, a tarefa da concorrer à vice-presidência na chapa liderada por Marina Silva. “Agora vamos em frente, com muita responsabilidade e disposição para fazermos o melhor para todos os gaúchos e gaúchas” disse ele, que exerceu dois mandatos como deputado estadual, quatro como deputado federal e foi secretário estadual de Transportes (1999-2002) e de Infraestrutura e Logística (2011-2012). “Nosso estado conta com três senadores e neste ano serão eleitos dois. Está na hora do Rio Grande do Sul ter mais solidariedade e atitude no Senado”, completou.
Sobre o cenário nacional, disse que o PSB deve definir o rumo somente em julho. Por enquanto apenas conversa com possíveis aliados. Mas, para Beto o perfil do próximo presidente da República deve ser de conciliador, de diálogo, uma pessoa tranquila e inteligente. Deve ter habilidade para dialogar com políticos e com a sociedade. “O Brasil precisa de menos conflitos para voltar aos trilhos”, acrescentou.
Projetos
Como parlamentar, Beto Albuquerque é autor de diversos projetos que resultaram em leis, como a que instituiu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea — batizada de Lei Pietro, em memória ao filho que faleceu em 2009 vítima de leucemia. Em 2010, criou o Fundo Nacional do Idoso. Beto também é autor de diversas leis que aprimoraram o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), entre elas a que endurece a pena para quem participa de rachas e a que instituiu o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Transito (Pnatran), que começou a vigorar neste ano.
Reconhecimento
Conforme o presidente do PSB/RS, deputado federal José Stédile, o histórico de serviços prestados por Beto Albuquerque à sigla, o credencia a representar os socialistas na eleição majoritária deste ano. Ele lembrou que as decisões do diretório, em apoio as pré-candidaturas de José Ivo Sartori e de Beto Albuquerque, serão referendadas pelo Congresso Estadual da sigla que ocorrerá no dia 21 de julho.