O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) atualizou nesta sexta-feira (17) a situação do sarampo no Rio Grande do Sul. Foram confirmados mais três casos, passando para 16 o número de pessoas que tiveram o registro da doença no RS este ano.
Esses últimos casos ocorreram em dois residentes de Viamão e um em Porto Alegre. Eles referem-se a ocorrências notificadas em junho, que tiveram nesta semana a confirmação laboratorial. Em todos os casos já foram realizadas ações de bloqueio, com a vacinação de contatos próximos a eles.
O Rio Grande do Sul não registrava casos da doença desde 2011, e desde 2016 as Américas eram consideradas livres do sarampo. Esse atual cenário reforça a importância da campanha nacional de vacinação para todas as crianças de um ano a menores de cinco, que está em andamento. Neste sábado (18), será o Dia D de mobilização, com a abertura extraordinária de mais de 1,8 mil postos de vacinação em todas as cidades do estado.
Os casos do RS estão distribuídos nos municípios de São Luiz Gonzaga (1), Porto Alegre (9), Vacaria (1), Viamão (3) e Alvorada (2). No país, este ano, já são 1.240 casos, que estão distribuídos também no Amazonas (910 para 2 óbitos), Roraima (296 para 4 óbitos), Rio de Janeiro (14), Pará (2), São Paulo (1) e Rondônia (1).
No Rio Grande do Sul, antes de ocorrer o processo de eliminação do vírus, o último caso confirmado foi em 1999. Em 2010, houve oito casos importados e em 2011 foram sete. Desde então, o RS não registrava a circulação do vírus até o seu retorno em 2018.
Sábado é Dia D da campanha
O Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite e o sarampo é neste sábado (18). Os mais de 1,8 mil postos de vacinação estarão extraordinariamente abertos para a estratégia, que é direcionada a todas as mais de 538 mil crianças de um ano de idade a menores de cinco. A meta é alcançar, ao menos, 95% delas.
Desde a abertura da campanha, no último dia 6, cerca de 23% das crianças nessa faixa etária já se vacinaram. Todas as crianças desse grupo devem receber uma dose extra da vacina tríplice viral, independente da sua situação vacinal (esquema completo ou incompleto). Fora da época de campanha, essas e as outras vacinas do calendário básico estão à disposição nas Unidades Básicas de Saúde ao longo dos 12 meses, dentro das idades preconizadas para as doses.
Casos suspeitos
É considerado um caso suspeito toda pessoa que, independente da idade e situação vacinal, apresentar febre e manchas vermelhas na pele (exantema maculopapular), acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.
Vacinação é a forma mais efetiva de se proteger
A mais efetiva forma de prevenção é a vacinação. Para ser considerada vacinada, a pessoa precisa ter o registro em caderneta de vacinação conforme esquema vacinal. A rede pública de saúde oferece gratuitamente a vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba) para a população de 12 meses a 49 anos de idade e para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.
O esquema recomendado no calendário infantil é de duas doses, aplicada aos 12 meses de idade com a tríplice viral (TV) e aos 15 meses com a vacina tetraviral (que protege contra varicela além do sarampo, rubéola e caxumba). Para crianças acima desta idade, adolescentes e adultos até 29 anos de idade, o esquema é de duas doses com a vacina TV. Já pessoas entre 30 e 49 anos são consideradas vacinadas aquelas que comprovarem uma dose da vacina TV.