A iniciativa surgiu após reuniões entre a Organização das Nações Unidas (ONU), Ministério da Segurança Pública, SSP e prefeituras de Canoas e Esteio, municípios em que residirão os imigrantes.
Nesta quarta-feira (5) chegam ao RS 125 venezuelanos. De acordo com o subcomandante do CBMRS, coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, neste primeiro momento, o foco é adaptá-los e integrá-los à comunidade. “As prefeituras locais, por meio de suas secretarias, e o CBMRS, vão desenvolver atividades de capacitação, de acordo com o perfil de cada um, além de ensinar a língua portuguesa, facilitando a compreensão de suas necessidades”, explica.
São duas as possibilidades de cursos para homens e mulheres: Bombeiro Mirim, para crianças entre 10 e 12 anos, e Bombeiro Profissional Civil, com certificação para atuarem na iniciativa privada. “O curso de Bombeiro Profissional Civil tem duração de um mês e meio e permite que ao final sejam desempenhadas as mesmas funções do bombeiro militar. A expectativa é contemplar o maior número possível de pessoas, potencializando as habilidades de cada um e proporcionando uma forma de trabalho”, acrescenta o subcomandante.
O coronel Evaldo também esclarece que duas outras possibilidades estão sendo analisadas pelo governo federal, pois ainda dependem de regulamentações na legislação. “Queremos oferecer também os cursos de Guarda Vidas Civil Temporário e Bombeiro Militar temporário, mas ainda é preciso adequar a lei, pois atualmente imigrantes e estrangeiros não podem ingressar no serviço público de carreira. Vamos obter uma resposta ainda esta semana”, assegura.
A expectativa é que os cursos iniciem nos próximos dias, a partir da manifestação de interesse dos venezuelanos. Ao todo, 221 imigrantes chegam a Esteio nos próximos dias e 426 em Canoas.