O medicamento para a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), usado para prevenção ao HIV, pode ser encontrado em mais 11 municípios do Rio Grande do Sul neste ano. Além de Porto Alegre, o tratamento já está disponível em Caxias do Sul, Gravataí, Lajeado, Novo Hamburgo, Rio Grande, Santa Rosa, São Leopoldo e Sapucaia do Sul. As cidades de Canoas, Pelotas e Viamão serão as próximas a oferecer.
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A PrEP faz parte da estratégia de prevenção ao HIV. O medicamento é enviado pelo Ministério da Saúde ao Estado desde janeiro de 2018. A prescrição faz parte de um programa que envolve vínculo e acompanhamento clínico por parte de uma equipe de saúde do município. O medicamento não dispensa o uso de preservativos, já que não previne as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
A coordenadora da Política de IST/Aids da Secretaria da Saúde, Ana Lúcia Baggio, ressalta que o medicamento deve ser tomado diariamente. “O uso correto reduz o risco de infecção por HIV em mais de 90%”, relata. Ana Lúcia informa que hoje mais de 600 pessoas estão cadastradas no estado para receber o medicamento. “Quem se considera em situação sexual de risco deve procurar diretamente o serviço, ou agendar por telefone”, acrescenta.
Após o cadastro, é feita a avaliação com testagem e aconselhamento para orientação sobre o uso ou não do medicamento. Existem casos em que só podem ser utilizadas outras estratégias para prevenção, variando conforme as condições clínicas de cada pessoa.
O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado no país a fornecer o medicamento. Inicialmente estavam disponíveis tratamentos para 86 usuários nos serviços da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Hospital Sanatório Partenon, vinculado à Secretaria da Saúde.
Nos últimos anos, o RS figura sistematicamente entre os primeiros estados do Brasil em casos de Aids, com taxas de detecção do HIV muito superiores à média nacional. “Estamos no terceiro lugar em casos de Aids no Brasil”, declara a coordenadora. Baggio diz que a taxa de detecção de Aids em 2017 no Rio Grande do Sul foi de 29,4 casos a cada 100 mil habitantes. “Mesmo com uma redução de 36,2% entre os anos de 2007 e 2017, o RS ainda apresenta uma taxa superior à do Brasil, que é de 18,3 casos por 100 mil habitantes”, informa.