Estado tem cinco novos casos autóctones de dengue

Em Passo Fundo, a cada 100 residências visitadas, 4,3 tiveram registro de larvas do mosquito, o que coloca o município em situação de alerta

Por
· 2 min de leitura
No último levantamento, 115 amostras deram resultado positivo para a larva do mosquitoNo último levantamento, 115 amostras deram resultado positivo para a larva do mosquito
No último levantamento, 115 amostras deram resultado positivo para a larva do mosquito
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou cinco novos casos autóctones de dengue no estado. Foram registrados ainda outros dois novos casos importados da doença. O último Boletim Epidemiológico aponta que o ano já soma 24 casos, dos quais nove autóctones (contraídos em território gaúcho) e 15 importados. Ainda estão em investigação outros 72 casos. Os municípios com casos autóctones são Panambi (2), Cândido Godói, Erval Seco, Marau, Santo Antônio das Missões, Ivoti, Glorinha e São Borja.Este último boletim, divulgado nesta quarta-feira (27) incluiu o primeiro caso de Zika Vírus, autóctone, ocorrido no município de Gravataí. Não foram apontados novos casos das demais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.


De acordo com o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Saúde de Passo Fundo, o município está em situação de alerta. No último levantamento realizado com todos os bairros da cidade, a cada 100 residências visitadas, 4,3 apresentaram índice de infestação de larvas do mosquito. O local que apontou o maior percentual é o bairro São Luiz Gonzaga, com 11%. Seguindo tem-se os bairros Lucas Araújo, São José e Integração com 10%, centro e Vera Cruz com 9% das amostras. Os demais bairros que apresentaram índices inferiores são, respectivamente, Nene Graeff, Boqueirão, Planaltina, Santa Marta, Petrópolis, Vila Rodrigues, Roselândia, Victor Issler, Valinhos, Maggi, Záchia, Morada Além do Horizonte e Vila Luíza. O levantamento foi realizado no período de 28 de janeiro a 1ª de fevereiro deste ano.


Entre estes os bairros, foram visitadas aproximadamente 2.209 residências por amostragem. Das 172 amostras coletadas, 115 apresentaram resultado positivo para a larva do mosquito. Segundo a coordenadora do Núcleo, Ivânia Silvestrin, apesar das medidas de prevenção, os recipientes com maior incidência de larvas encontradas durante o período, continuam sendo os mesmos. “Infelizmente, ainda são os pratinhos de flores que lideram com maior percentual de criadouro. Depois temos o lixo, pneus e também tonéis de água da chuva. Pedimos que a população preste atenção e que não mantenham água nesses recipientes, pois são os criadouros que tem dado maior índice de incidência das larvas, e com isso o município entra em estado de alerta”, pontua.

 

Como funciona o levantamento
O município é dividido em 23 setores, que contemplam todos os bairros. Através de um programa do Ministério da Saúde, são lançados os bairros com a quantidade de quarteirões que o local possui, e o sistema sorteia quais destes deverão ser vistoriados. “Com isso, é trabalhado 20% dos imóveis dentro dos quarteirões sorteados. Então, por exemplo, os agentes trabalham uma casa, pulam quatro casas e trabalham na sexta casa, até fechar o percentual (20%) dos imóveis que devem ser vistoriados em cada quarteirão de cada bairro da cidade”, explica Ivânia.

 

Principais medidas de prevenção
Fechar as caixas d'água, tonéis e latões 
Guardar pneus velhos em abrigos 
Colocar embalagens de vidro, lata e plástico em uma lixeira bem fechada 
Limpar com escovação os bebedouros dos animais 
Manter desentupidos os ralos, calhas, canos, toldos e marquises 
Manter a piscina tratada o ano inteiro 
Guardar garrafas vazias com o gargalo para baixo 
Não acumular água nos pratos com plantas, enchendo-os com areia 
Colocar areia nos cacos de vidro dos muros.


Principais sintomas da dengue
Febre alta (maior que 38,5° C), de início abrupto e que dura entre dois e sete dias
Dores musculares intensas
Dor ao movimentar os olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Gostou? Compartilhe