A safra de verão está indo para a fase final dos trabalhos a campo. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (18/4), a colheita atinge 78% das áreas implantadas nas culturas de soja e milho.
No arroz, a safra está bem adiantada, chegando a 86% do total das áreas cultivadas. A produção é considerada boa, com produtividades que variam de 6.800 a 7.794 quilos por hectare.
A colheita do feijão primeira safra foi encerrada nos Campos de Cima da Serra, com rendimento de 2.500 quilos por hectare. Na região Sul, foi finalizada alcançando 1.200 quilos por hectare de produtividade.
A segunda safra de feijão segue em colheita, chegando a 23% da área, estando ainda 15% maduro, 35% das lavouras em enchimento de grãos, 19% em floração e 8% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Juntamente com a etapa final da colheita de verão, os produtores começam a preparar as culturas de inverno e encaminham financiamentos para aquisição de insumos. Em regiões como Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial há perspectiva de aumento de áreas a serem cultivadas com trigo.
Frutícolas
Ainda de acordo com o mais recente Informativo Conjuntural, na Serra os produtores de caqui estão em plena colheita, tanto do kyoto, variedade de polpa escura, como do fuyu, fruta também conhecida por chocolate branco, alcançando 30% do volume produzido.
Os frutos apresentam boa sanidade e calibre (diâmetro) avantajado. Parte considerável de frutas da fuyu, em função de calibre acima da média, apresenta descolamento do cálice, anomalia fisiológica que pode afetar a qualidade do caqui, dificultando a comercialização.
A produtividade da safra, que já estava estimada abaixo da média histórica, sofreu mais um forte impacto, justamente na última fase a campo, a colheita. O temporal ocorrido no fim de semana passado atingiu áreas de grande cultivo da frutífera nos municípios de Farroupilha, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, afetando 225 hectares e danificando mais de 2.100 toneladas de frutas praticamente prontas para colheita.
Esse volume representa quase um quarto das 10 mil toneladas de frutos que havia nos pomares. Alguns diospirocultores já realizam a coleta das frutas danificadas. Alguns deles vendem para a extração das sementes, destinadas à produção de mudas, outros enterram as frutas danificadas pelo temporal, prática cultural indispensável para a redução de futuros problemas fitossanitários. O preço médio na propriedade é de R$ 1,50/kg.
Pastagens e criações
Na pecuária de corte, está em andamento a fase na qual as plantas forrageiras finalizam seus ciclos reprodutivos, ficando mais fibrosas e perdendo qualidade nutricional. Alguns produtores aproveitam esta pastagem seca na alimentação dos animais, acrescentando sal proteinado.
Com relação ao campo nativo, base alimentar da maioria das propriedades dos pecuaristas familiares, no período atual ainda há uma boa oferta de pastejo. Para dispor de uma reserva nutritiva durante os meses de inverno, período do vazio forrageiro, alguns produtores têm optado pelo cultivo de milho grão e milho silagem, com posterior implantação de pastagens de inverno, como azevém e aveia preta, na mesma área.
Pecuaristas também realizam diagnósticos de gestação e desmame de terneiros, manejos característicos do outono. Muitos produtores não castraram seus terneiros, visto que o comércio de exportação prefere terneiros inteiros.
O estado sanitário é bom, embora haja infestações por carrapatos e mosca-do-chifre. São realizadas práticas como dosificações com vermífugos, oferta de sal mineral nos cochos e aplicação de vacinas contra clostridioses. Além disso, a Emater/RS-Ascar divulga campanha de vacinação contra a febre aftosa, a ser realizada de 1º a 31 de maio 2019.