Os indicadores do mês de abril confirmaram a tendência de redução dos crimes contra a vida no Estado e, em especial, em Porto Alegre. O número de vítimas de homicídio na capital caiu pela metade em relação ao mesmo mês no ano passado, de 58 para 29 (-50%), o menor número desde 2010, quando foram computadas 26 mortes.
No balanço do primeiro quadrimestre de 2019, o cenário é semelhante. Houve queda de 45,2% frente aos 230 óbitos do mesmo período de 2018, totalizando neste ano 126 mortes – o menor número registrado na última década.
No Estado, o quadrimestre fechou com queda de 26,7% entre as vítimas de homicídio, com 241 mortes a menos (902 em 2018 e 661 neste ano). Só em abril, o indicador mostra redução de 66 óbitos (-30,4%), passando de 217 para 151 na comparação entre 2019 e o ano anterior.
Retração em roubos e furtos de veículos no RS
Em todo o RS, houve retração nos roubos de veículo (-30,8%), nos furtos de veículo (-15,3%), nos furtos (-16,2%), nos roubos (-11,9%), e nos ataques a bancos (-36,7%) e a comércios (-25,3%).
A única alta no RS quando observado o período de janeiro a abril ocorreu entre os roubos a usuários do transporte coletivo, com 17 casos a mais neste ano. Mas a reversão do quadro já aparece no resultado do mês passado, com 36 ocorrências frente as 49 do quarto mês de 2018, ou seja, 13 casos a menos. E o roubo a profissionais que trabalham em ônibus e lotação caiu 31,3% na comparação quadrimestral.
Ataques a bancos
Na capital, houve alta nos furtos a banco, que passaram de dois para sete casos, e nos roubos a banco, de três para quatro ocorrências.
Menos latrocínios e crimes contra a mulher
Outro delito com acentuada redução é o latrocínio. No Estado, a comparação entre os primeiros quatro meses de 2018 e 2019 mostra queda de 28,6%, passando de 35 casos para 25, o menor número desde 2009, quando houve 22 registros. Observando apenas os dados de abril, a retração chega a 46,2%, com 13 ocorrências no último ano e sete no mês passado.
O quarto mês de 2019 trouxe redução para todos os indicadores de violência contra a mulher no Estado, com quedas de quase a metade em alguns casos. Os feminicídios caíram 45,5%, com seis casos frente aos 11 de abril de 2018. Na mesma comparação, os estupros reduziram 49,7%, passando de 167 para 84 casos. As tentativas de feminicídio também diminuíram, de 44 para 37 (-15,9%).
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2019, comparado ao mesmo período do ano anterior, o cenário também é de retração. As mortes de mulheres caíram de 29 para 22 (24,1%), e as tentativas, de 143 para 130 (-9,1%). Houve redução expressiva no número de estupros, com 237 menos casos (-33,4%) – foram 709 no primeiro quadrimestre do ano passado e 472 entre janeiro e abril de 2019. Registraram baixa, ainda, as ameaças (-4%) e as lesões corporais (-6,7%).
Dois meses do RS Seguro: índices criminais menores na Região Metropolitana
Os 34 municípios abrangidos pelo Gabinete de Gestão Integrada da Região Metropolitana de Porto (GGIM-POA) já colhem os primeiros resultados positivos na redução da criminalidade dois meses após o lançamento do Programa RS Seguro.
Os índices de janeiro a abril acumulam queda de 31,4% no número de vítimas de homicídio, com 159 menos mortes do que no mesmo período do ano passado (de 507 para 348). Na mesma comparação, os latrocínios caíram quase pela metade (-47,1%), de 17 para nove casos, e os roubos de veículo diminuíram 31%, com 1,7 mil ocorrências a menos (de 5.401 para 3.677).
Lançado no dia 28 de fevereiro, o RS Seguro tem as Operações Integradas Metropolitanas, coordenadas pelo GGIMPOA, como principal ação de curto prazo para o combate a criminalidade. As ofensivas reúnem efetivos de todas as forças de segurança do Estado e de órgãos federais e municipais para combater os delitos de maior incidência nos municípios que concentram grande parte dos crimes.
Em março, no primeiro mês de ação do programa, o número de vítimas de homicídio na Região Metropolitana da Capital foi de 73, o equivale a -45,1% do que as 113 registradas no terceiro mês de 2018. Em abril, a baixa ficou em 41,4%, com 75 mortes ante as 128 do período um ano antes.