Cultivo de trigo alcança 88% da área prevista para esta safra no Rio Grande do Sul

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O plantio do trigo nesta semana no Rio Grande do Sul alcançou 88% da estimativa inicial, que é de 739,4 mil hectares. Deste total, 97% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. De acordo com o informativo conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (4/7), a cultura está em fase final de implantação na regional de Ijuí, que corresponde a 30% da área cultivada no Estado e engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, restando pequenas áreas a serem semeadas.

Na regional de Santa Rosa, que representa 27% da área de trigo no RS e que corresponde aos Coredes Fronteira Noroeste e Missões, o plantio está concluído. A chuva que ocorreu durante a semana contribuiu para melhorar a germinação e a emergência das áreas recém semeadas, uma vez que algumas lavouras semeadas em junho tiveram dificuldade de germinar devido à baixa umidade, resultando na população de plantas inferior ao recomendado. Com previsão de um clima de sol e muito frio para os próximos dias, é provável que diminuam os focos de pragas e doenças iniciais.

Os municípios de Tupanciretã (7.000 ha), Júlio de Castilhos e Santiago (7.000 ha), Capão do Cipó (5.000 ha) e Jari (3.000 ha) são responsáveis por 71% da área de trigo da região da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, que representa 5,5% da área de trigo no Estado e engloba os Coredes Central e Vale do Jaguari. Nessa região, o plantio do trigo avançou para 95% da área estimada, que é de 40,7 mil hectares. As temperaturas baixas da última semana favoreceram o desenvolvimento da cultura, e parte está iniciando o perfilhamento.

Aveia 
Entre as culturas de inverno, a segunda maior área cultivada no Estado é de aveia branca grão, que ocupa 299,8 mil hectares, com uma produtividade estimada de 2.006 kg/ha para esta safra. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (com 37,1% da área do Estado), a cultura apresenta bom desenvolvimento vegetativo, evoluindo para o estágio reprodutivo. Já na regional de Santa Rosa (com 18,7% da área do Estado), as áreas de aveia estão em emergência e desenvolvimento vegetativo.

Canola 
A área estimada com canola nesta safra deverá atingir 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 kg/ha. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, dos 11,8 mil hectares cultivados, 46% estão em desenvolvimento vegetativo, 47% em floração e 7% em início de formação do grão. No geral, as lavouras apresentam bom aspecto de dossel e floração, favorecidas pelos dias de sol. Na próxima semana, a previsão de dias ensolarados e frios deve diminuir o ataque de doenças e pragas que tem prejudicado o desenvolvimento da cultura em algumas lavouras.

Cevada 
A área destinada à cultura da cevada no RS será de 42,4 mil hectares, com rendimento de 2.073 kg/ha. Na regional de Ijuí (com 22,4% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a cultura apresenta boa emergência e stand inicial de plantas satisfatório, bom desenvolvimento vegetativo e sanidade adequada.

OLERÍCOLAS

Alho 
Com clima favorável, os produtores realizam o plantio do alho, totalizando 80% da área para esta safra. O plantio deve ser concluído ainda na primeira quinzena de julho. No Nordeste do Estado, principalmente em Ibiraiaras, a previsão é de manutenção de área cultivada, com possibilidade de pequeno incremento.

Batata 
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, estão abertas as inscrições para aquisição de mudas tratadas e selecionadas junto aos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar. A produção é destinada ao consumo da família, com venda do excedente em feiras do produtor.

No Planalto Médio, o clima foi favorável para a colheita da batata. Aproximadamente 80% da safra já foi comercializada, sendo que o produto colhido apresentou boa qualidade. O preço de 50 quilos da batata branca varia entre R$ 120 e R$ 140, e o da rosa entre R$ 100 e R$ 110. Na região Sul, a safrinha da batata é colhida com boas produtividades, e o tubérculo é comercializado a R$ 140 a saca.

CRIAÇÕES

As condições corporais dos rebanhos de  estão satisfatórias, havendo atenção dos produtores para que não ocorra perda de escore das matrizes. Como as pastagens de inverno têm oferta moderada de forragem, os bovinos de leite têm aumentado de forma discreta a produtividade. Na última semana, as pastagens de inverno, principalmente aveia e trigo duplo propósito, estão fornecendo pastejo; entretanto o desenvolvimento e o crescimento destas pastagens estão menores do que o esperado, com muitas áreas apresentando baixo volume de forragem.

Para melhorar o desenvolvimento das pastagens, ao longo da semana anterior foi intensificada a adubação nitrogenada nas áreas já pastejadas. Assim, os produtores têm necessidade de seguir suplementando a alimentação, com fornecimento de volumoso aos animais, como silagem/feno/pré-secado produzido no verão e outono, além da complementação nutricional, com ração e sal mineral.

Na ovinocultura, com a utilização das pastagens cultivadas de inverno, as condições sanitárias e nutricionais são boas neste início de inverno. Mesmo nos locais onde a base forrageira é formada pelas espécies nativas, os animais apresentam bom estado nutricional, mas é provável que ocorra perda de peso a partir das próximas semanas.

O nascimento dos cordeiros começa a se intensificar nas propriedades que dispõem de pastagens para ir colocando as matrizes prestes a parir. O clima segue favorável, com bom desenvolvimento inicial dos cordeiros, principalmente porque ainda não ocorreram chuvas sob condições de baixa temperatura.

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