Recursos da venda de estatais serão aplicados em investimentos no Estado

?EURoeResolver o passado é fundamental para o Estado deixar de olhar para trás e passar a olhar para o futuro?EUR?, afirma Leite

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Leis determinam que recursos não podem ser utilizados para cobrir despesa corrente do EstadoLeis determinam que recursos não podem ser utilizados para cobrir despesa corrente do Estado
Leis determinam que recursos não podem ser utilizados para cobrir despesa corrente do Estado
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Uma das principais dúvidas em torno das privatizações desde que os projetos de lei (PLs) foram protocolados na Assembleia Legislativa, no fim de maio, é o destino dos recursos gerados pela possível venda.

 

Faltando poucos dias para a votação, prevista para terça-feira (2/7),  dos PLs que autorizam a privatização da CEEE, da CRM e da Sulgás, o governador Eduardo Leite é objetivo:

 

“Vamos resolver o passado para poder investir no futuro”. O dinheiro, portanto, será aplicado em passivo, não no custeio do Estado.

 

“Custeio e passivo são coisas completamente distintas. Custeio significa o recurso que é aplicado no dia a dia do Estado, por exemplo, contas de manutenção, como água e luz do Palácio Piratini. O passivo é aquela conta do passado que não foi paga, como a dívida com hospitais e municípios na área da saúde ou obras que foram interrompidas por falta de pagamento. E que, por isso, é uma bola de ferro que nos amarra e limita a nossa capacidade de andar em direção ao futuro”, explica Leite.

 

A diretriz do governo está embasada, inclusive, pela legislação. Tanto a Lei Complementar 159/2017, que instituiu o Regime de Recuperação Fiscal, como a Lei 10.607/1995, que rege o Programa de Reforma do Estado, e a Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) garantem que os recursos não serão utilizados para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinados por lei aos regimes de Previdência Social, geral e próprio dos servidores públicos.

 

Recuperação de crédito

Seguindo o conjunto de leis, o governo irá garantir o investimento no futuro dos gaúchos, diminuindo o passivo que impede o Estado de entrar no Regime de Recuperação Fiscal, recuperando o crédito internacional e devolvendo recursos para a saúde e a segurança, por exemplo, para melhorar os serviços prestados.

 

“Quando nós falamos que não vamos colocar o recurso em custeio da máquina, é porque não se vende o almoço para pagar o jantar. Vende-se, sim, um patrimônio do Estado para resolver dívida e abrir espaço para investimentos. Afinal, resolver o passado é fundamental para o Estado deixar de olhar para trás e passar a olhar para o futuro", enfatiza o governador.

 

ENTENDA AS DIFERENÇAS

CUSTEIO: os gastos de custeio são aqueles necessários ao funcionamento básico da máquina pública e às despesas correntes das instituições, como água e luz, salário dos servidores, diárias, passagens, transporte, entre outros.

 

INVESTIMENTO: os recursos para investimentos dizem respeito a tudo que não é corrente, ou seja, que são utilizados para um novo empreendimento, uma obra de infraestrutura ou de saneamento. O objetivo é promover o desenvolvimento.

 

PASSIVO: diz respeito a dívidas, valores que foram ou deveriam estar pagos pelo governo e que não foram quitados. No RS, os exemplos mais latentes são a dívida com hospitais e municípios na área da saúde e obras em estradas que foram interrompidas por falta de pagamento do fornecedores.

 

Um exemplo prático da diferença entre os conceitos:
A compra de uma viatura para a Brigada Militar é investimento. O combustível para o veículo é custeio. Se o governo atrasar o pagamento da manutenção do carro, se torna passivo.

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