Secretaria de Agricultura alerta sobre o uso de agrotóxico trazido irregularmente do Uruguai

O evento vai esclarecer sobre os riscos do uso do agrotóxico Mertin para as lavouras, o ambiente e os seres humanos

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Um evento para esclarecer os produtores de arroz pré-germinado da Região Central sobre os riscos do uso do agrotóxico Mertin trazido do Uruguai é organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Será no dia de 7 agosto, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Há suspeitas de que alguns agricultores estão utilizando o produto contrabandeado do Uruguai. Ocorre que tem na composição o hidróxido de fentina, substância usada para combater o caramujo presente nas lavouras da região. O Mertin é indicado apenas para lavouras de sequeiro de feijão e algodão. Em razão do uso inadequado, o produto foi retirado do mercado gaúcho pela empresa que detém a marca.

“Existem consequências graves para quem usa o Mertin contrabandeado, como processo criminal, embargo de área, entre outros. Estamos alertando os produtores para os riscos do  uso inadequado e mostrar que não vale a pena arriscar e sofrer as consequências depois”, afirma Rafael Friedrich de Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Seapdr.

O evento vai esclarecer sobre os riscos do uso deste agrotóxico para as lavouras, o ambiente e os seres humanos. Estarão presentes representantes da Seapdr, do Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas da UFSM, da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Ministério Público Estadual.

Classificação toxicológica

De acordo com o fabricante, este produto só pode ser utilizado em lavouras de sequeiro (feijão e algodão), nas quais a quantidade de água é pequena, para combater fungo. Em ambiente aquático, o produto é classificado como altamente persistente no ambiente, altamente bioconcentrável em peixes e altamente tóxico para organismos aquáticos tendo como classificação toxicológica “extremamente tóxico (classe I)” e como classificação ambiental “produto muito perigoso ao meio ambiente”. Após fiscalização da secretaria em razão de uso inadequado no passado, houve a abertura de ação civil pública e, como desdobramento, o produto foi retirado do mercado gaúcho por parte da fabricante.

 

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