Terminou sem acordo a reunião entre governo do Estado e Cpers Sindicato, realizada na manhã de ontem (7), na Secretaria da Educação (Seduc). O magistério estadual está em greve desde a metade de novembro do ano passado. Após ouvir as reivindicações da categoria, membros do governo se comprometeram em levar as pautar ao governador Eduardo Leite e, em 48 horas, agendar uma nova audiência com a presença dele.
Dias sem aulas
O Executivo destacou a preocupação em resolver os impasses de forma a repor os 25 dias sem aula.“Temos como prioridade a finalização do ano letivo de 2019 para podermos iniciar corretamente o ano de 2020, como é nossa obrigação e direito de todos os estudantes da rede estadual“, afirmou o secretário da EducaçãoFaisalKaram.
“Temos como prioridade a finalização do ano letivo de 2019 para podermos iniciar corretamente o ano de 2020, como é nossa obrigação e direito de todos os estudantes da rede estadual“, afirmou o secretário da Educação.Faisal lembrou que, no dia 19 de dezembro, foram emitidas para todas as Coordenadorias Regionais de Educação as orientações sobre a elaboração do calendário de reposição das aulas nas escolas que aderiram à greve dos professores. O Tribunal de Contas do Estado foi informado sobre a proposta.
No memorando circular 22/ 2019, a Seduc sugeriu que o calendário de recuperação das aulas ocorresse entre os dias 21 de dezembro e 23 de janeiro. As férias docentes, no caso, foram sugeridas para depois da recuperação, entre 24 de janeiro e 22 de fevereiro. O Cpers quer negociar a reposição das aulas.“Vamos levar a pauta do sindicato ao governador Eduardo Leite e, conforme informado por ele mesmo, em um prazo máximo de 48 horas deveremos marcar um novo encontro para dar as respostas”, acrescentou Faisal.
Conforme o balanço mais recente da Seduc, permanecem em greve 132 escolas de um total de 2,5 mil instituições estaduais.
Estiveram presentes na reunião o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, e outros representantes da Seduc.
Demanda conhecida
A presidente Helenir Aguiar Schürer resumiu assim o resultado do encontro: “nos chamaram para perguntar o que qualquer aluno de 1º ano já sabe”. Helenir refere-se ao fato de que a demanda do Sindicato é de amplo conhecimento público desde a Assembleia Geral do dia 19 de dezembro. “Nossa pauta é a garantia do pagamento do salário, a garantia de não punição dos grevistas e a observação da gestão democrática, sem abrir mão de cumprir os 200 dias letivos. A responsabilidade que sempre tivemos é de garantir o direito do aluno. Podemos brigar com o governo, mas nunca com os alunos”, ponderou. O Comando também aproveitou a oportunidade de diálogo para reiterar o pedido de retirada dos projetos previstos para votação no final do mês.